Durante o discurso na abertura da Cúpula América Latina-UE, em Bruxelas, na Bélgica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu uma cooperativa internacional para regular o uso de plataformas digitais com o intuito de combater a desinformação.
Segundo o presidente Lula, ambas as regiões “estão ameaçadas pelo extremismo político, pela manipulação da informação, pela violência que ataca e silencia minorias”, espalhadas por meio das plataformas digitais.
O ainda disse no discurso de abertura que políticas ativas de inclusão social, digital e educacional são fundamentais para a promoção dos valores democráticos e da defesa do Estado de Direito.
Lula chegou no domingo (16) a Bruxelas para participar, ontem e hoje (dias 17 e 18), da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia. O encontro reúne cerca de 60 líderes estrangeiros dos países componentes dos blocos.
Devido ao risco de desinformação nas plataformas digitais, Lula pede coordenação entre países
Lula ainda destacou os benefícios da revolução digital. “Populações antes isoladas têm agora a oportunidade de se conectar, de produzir conteúdo, de oferecer e consumir serviços”, disse. Mas alertou para “desafios importantes que requerem coordenação de nossos países e de nossas regiões”.
Uma das preocupações é o combate a ilícitos cibernéticos e a desinformação. “Aplicativos e plataformas digitais não podem simplesmente abolir as leis trabalhistas pelas quais tanto lutamos”, afirmou, numa referência ao setor de serviços. “A precarização do trabalho precisa ser revertida”, disse o presidente, de acordo com a reportagem publicada no UOL.
Segundo ele, a Aliança Digital América Latina e Caribe e União Europeia, que foi recentemente lançada, permite o avanço na coordenação de políticas públicas, com foco em governança, investimentos e transferência de tecnologia.
Ele ainda defendeu a iniciativa do Secretário Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre Integridade da Informação e a agenda da Unesco sobre regulação de plataformas digitais.
Redação ICL Economia
Com informações do UOL e das agências de notícias