Os mais de cem agentes do mercado financeiro consultados para o Boletim Focus do Banco Central reduziram de 4,95% para 4,90% a projeção da inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), para 2023. O relatório foi divulgado nesta manhã de terça-feira (25).
Apesar do recuo na estimativa de inflação, o indicador ainda segue superando o teto da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), em 3,25%, para este ano. A meta de inflação será formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Caso seja confirmada a projeção, será o terceiro ano seguido de estouro da meta de inflação, apesar de o Banco Central ter mantido a taxa básica de juros (Selic) em um patamar elevado (13,75% ao ano) para controlar a inflação. Em 2022, o IPCA fechou o ano em 5,79%.
Para 2024, a projeção de inflação do mercado financeiro caiu de 3,92% para 3,90%. A meta de inflação do próximo ano, definida pelo CMN, é de 3%, e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Boletim Focus: mercado mantém projeções do PIB e da taxa Selic estáveis
Os agentes do mercado consultados para a publicação do BC mantiveram o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano estável em 2,24%. Para 2024, a previsão de crescimento da economia brasileira também permaneceu a mesma da semana anterior, em 1,30%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.
A projeção dos agentes para a taxa Selic também se manteve em 12% ao ano para o fim de 2023, o que indica que o mercado espera uma queda de 1,75 ponto percentual no indicador até o fim do ano.
Para o fim de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia também permaneceu em 9,5% ao ano. Com isso, o mercado segue estimando queda do juro também no próximo ano.
Em relação ao dólar, a projeção do mercado para a taxa de câmbio para o fim deste ano caiu de R$ 5 para R$ 4,97. Para o fim de 2024, continuou em R$ 5,05.
Sobre a balança comercial, a projeção para o saldo subiu de US$ 65 bilhões para US$ 65,6 bilhões de superávit (exportações menos importações) em 2023. Para 2024, a expectativa para o saldo positivo permaneceu em US$ 60 bilhões.
Por fim, o mercado espera que a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano permaneça nos US$ 80 bilhões previstos na edição anterior. Para 2024, a estimativa de ingresso também ficou estável em US$ 80 bilhões.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias