A Petrobras vai reajustar em R$ 0,41 o preço médio do litro da gasolina tipo A para as distribuidoras a partir desta quarta-feira (16). Com a alta, o valor médio do litro passará a ser de R$ 2,93. A petroleira também vai aumentar o preço médio do diesel tipo A em R$ 0,78, chegando a R$ 3,80 por litro para as distribuidoras.
Normalmente, os estoques de combustíveis nos postos duram cerca de uma semana, mas é comum que os reajustes já ocorram na bomba no dia em que a medida entra em vigor.
Em nota, a estatal explicou que “o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda”.
A companhia ainda justificou que, neste ano, a variação acumulada nos preços dos combustíveis apresenta uma redução de R$ 0,15 por litro para a gasolina e de R$ 0,69 por litro para o diesel.
Lembrando que os tributos federais sobre os combustíves subiram a partir de 29 de junho, quando perdeu a validade a medida provisória que fixava alíquotas menores dos impostos cobrados pela União sobre a gasolina e o etanol.
Na justificativa para o reajuste que passa a valer amanhã, a Petrobras explicou que o forte avanço dos preços do petróleo no exterior, além de uma disparada do dólar nas últimas semanas, fizeram com que a empresa atingisse o “limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares”.
Esses fatores, de acordo com a companhia, tornaram necessários os reajustes tanto na gasolina quanto no diesel, mirando no reequilíbrio dos preços da Petrobras em relação aos praticados pelo mercado e na melhora dos valores de margens da empresa.
Nova política de preços da Petrobras contribuiu para minorar impacto da perda de validade da MP dos tributos federais
Em maio deste ano, a Petrobras anunciou uma nova política de preços que determinava o fim da política de paridade de importação (PPI). Essa prática ajustava os preços dos combustíveis com base na cotação do dólar e do petróleo no exterior.
À época do anúncio, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a nova política de preços não teve interferência do governo. Além disso, ele ressaltou que os instrumentos de rentabilidade, de garantia de financiabilidade da companhia estão integralmente garantidos. Ele falou isso em resposta às críticas de parte dos “agentes do mercado”, de falta de transparência da nova política.
Para a nova política de preços, a estatal usa referências de mercado como o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação e o valor marginal para a empresa. Em relação ao custo alternativo do cliente, contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos.
Já o valor marginal é baseado no custo de oportunidade dadas às diversas alternativas para a companhia, dentre elas produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino.
“Em um primeiro momento, isso [nova política] permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando período de estabilidade de preços aos seus clientes”, disse a nota da estatal.
No entanto, devido à alta do petróleo e do dólar, a empresa teve de anunciar o reajuste para buscar o equilíbrio dos preços praticados por ela no mercado.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias