Se confirmadas as projeções do FMI (Fundo Monetário Internacional) para a economia brasileira, o país pode se tornar a nova maior do mundo em 2023. O Brasil saiu da lista das dez maiores economias do mundo em 2020 e, no ano passado, ocupava a 11ª posição. Mas, agora, o organismo internacional faz boas projeções e espera que o país suba duas posições este ano.
De acordo com novas projeções do fundo, a combinação de câmbio mais favorável e crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) mais forte do que se esperava vai levar o Brasil a voltar ao top 10 das maiores economias do mundo.
Recentemente, o FMI elevou a projeção para o crescimento da economia brasileira em 2023, com previsão de alta do PIB (Produto Interno Bruto) de 3,1% este ano, ante 2,1% previstos em julho. Se isso ocorrer, o Brasil avança duas casas no ranking e volta de novo ao top 10 das maiores economias.
Na nova edição do relatório “Perspectiva Econômica Global”, divulgada no último dia 10, o FMI citou “uma agricultura dinâmica e serviços resilientes no primeiro semestre de 2023″ e, também, o consumo, que se “manteve forte, apoiado pelo estímulo fiscal”, para elevar as projeções do PIB brasileiro.
O FMI ainda elevou a projeção de crescimento da economia brasileira para 2024, de 1,2% para 1,5%.
Em abril, o fundo projetava que o Brasil seria a 10ª maior economia do mundo em 2023, com PIB de US$ 1,920 trilhão em valores correntes. Em seu último relatório, o FMI passou a estimar o valor de US$ 2,126 trilhões para o PIB brasileiro no ano, acima do projetado para Canadá (US$ 2,117 trilhões) e Rússia (US$ 1,862 trilhão).
Conforme reportagem do UOL, feita com base em dados do FMI compilados pela agência de classificação de risco Austin Rating, as 10 maiores economias do mundo em 2023 ficarão da seguinte forma: Estados Unidos, China, Alemanha, Japão, Índia, Reino Unido, França, Itália, Brasil e Canadá.
Valorização do real contribui para colocar economia brasileira de volta ao top 10
À reportagem do UOL, o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, disse que a taxa de câmbio nominal do real, hoje na casa de R$ 4,99, apresenta valorização de 2,17%, enquanto o rublo russo despencou 12,9%, e o dólar canadense teve valorização menor, de 1,2%.
“O Brasil tem um ritmo de crescimento melhor do que esses países e também porque a sua moeda se valorizou mais”, afirmou Agostini.
Pelas projeções do FMI, o Brasil pode retomar o posto de 8ª maior economia em 2026, quando o PIB do país ultrapassará o da Itália e chegará a US$ 2,476 trilhões. Se tudo correr bem até lá, o país pode se manter nessa posição até 2028.
O Brasil chegou a figurar como a sétima maior economia do mundo entre 2010 e 2014, entre as gestões Lula e Dilma.
Trecho do relatório do FMI aponta que “a recente decisão do Brasil de adotar um regime contínuo (em vez de ano-calendário) de inflação de 3% a partir de 2025 é um exemplo concreto de uma melhoria na eficácia operacional e na estratégia de comunicação, ajudando a reduzir a incerteza e a aumentar a eficácia da política monetária”.
Na semana passada, durante a reunião anual do FMI em Marrakech, no Marrocos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi eleito o melhor ministro da Economia da América Latina e Caribe pela Latin Finance, revista especializada nos mercados financeiros e economias da região. A publicação também escolheu Roberto Campos Neto o melhor presidente de Banco Central.
A publicação destacou que Haddad ganhou o prêmio por “por sua capacidade de aprovar reformas”, graças ao seu “estilo moderado e pragmático em um ambiente político polarizado”.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e do UOL