O Índice de Confiança de Serviços (ICS) do FGV IBRE subiu 1,9 ponto em janeiro, para 95,7 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (97,6 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,6 ponto.
“Após um fim de ano desafiador para o setor de serviços, 2024 se inicia com melhora na confiança. Apesar disso, a percepção sobre a situação atual ratifica a perda de fôlego do setor observada desde o segundo semestre de 2023. Em compensação, melhores avaliações na demanda para o primeiro trimestre do ano e redução do pessimismo sobre o ambiente de negócios, podem refletir na volta do crescimento do setor, ainda mais pela disseminação entre os principais setores. A melhora difusa das expectativas pode ter relação com a esperança do empresário de encontrar um ambiente macroeconômico de manutenção da queda na taxa de juros e de redução do endividamento das famílias e da melhora da confiança dos consumidores e do mercado de trabalho.”, avaliou Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
Confiança de Serviços foi influenciada por melhora das expectativas para próximos meses
O resultado do ICS, neste mês, foi influenciado exclusivamente pela melhora das expectativas para os próximos meses. O Índice de Expectativas (IE-S) avançou 6,4 pontos, para 95,0 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (97,3 pontos). Já o Índice de Situação Atual (ISA-S) recuou 2,7 pontos, para 96,4 pontos.
Os dois componentes do ISA-S recuaram: o indicador de situação atual dos negócios caiu 3,1 pontos, para 97,4 pontos, e o de volume da demanda atual recuou 2,3 pontos, para 95,4 pontos. No âmbito das expectativas, ambos componentes do IE-S subiram: o que mede a demanda prevista nos próximos três meses avançou 8,1 pontos, para 95,5 pontos, enquanto o de tendência dos negócios nos próximos seis meses cresceu 4,8 pontos, para 94,7 pontos. Ambos alcançaram o maior patamar desde outubro de 2022 (96,8 e 97,7 pontos, respectivamente).
ISA e IE continuam distantes
A desaceleração no setor de Serviços ficou evidente com os resultados negativos nos últimos meses do ano, puxados principalmente pela piora nas expectativas. Na métrica de médias móveis trimestrais, durante todo o segundo semestre de 2023 o IE-S se distanciou do ISA-S, mas, em janeiro, a distância reduziu após o resultado positivo das expectativas. “É cedo para afirmar que os empresários estão otimistas quanto o futuro dos negócios, porém expectativas e situação atual voltam a se reaproximar após um segundo semestre desafiador para os empresários.”, completou Pacini.
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Do Portal FGB IBRE