No período de 2017 a 2032, o setor automotivo planeja investimentos que podem ultrapassar a marca dos R$ 90 bilhões no Brasil. Grande parte desse volume de recursos foi anunciada nos últimos três meses. Contribuem para esse planejamento a aprovação da reforma tributária sobre o consumo e a definição pelo Estado brasileiro de uma matriz energética baseada no etanol para a eletrificação de automóveis produzidos aqui. Isso tudo traz previsibilidade para a indústria.
No último dia 24, a General Motors (GM) fez anúncio de investimentos no Brasil. Na primeira fase, de 2024 a 2028, os recursos deverão somar R$ 7 bilhões. O anúncio foi feito dias antes de a montadora estadunidense completar 99 anos de operação no país (26 de janeiro). Nesta semana, a Volkswagen divulgou que pretende investir R$ 9 bilhões no país.
Ao contrário do que vem ocorrendo na Europa, que já datou o fim da era de veículos a combustão, o Brasil deve caminhar a passos um pouco mais lentos, mas já caminha nessa direção.
A Volkswagen, por exemplo, destinará a maior parte dos novos recursos em uma nova plataforma de veículos especialmente desenvolvida para modelos híbridos que poderão ser abastecidos com etanol.
De acordo com reportagem do Valor Econômico, a Stellantis, que deverá anunciar um novo plano nos próximos dias, tende a seguir o mesmo caminho, reforçando um movimento iniciado pela Toyota há três anos.
Grande parte do setor automotivo já anunciou recursos para o longo prazo
Além da GM e da Volkswagen, outras montadoras já haviam anunciado seus planos futuros de investimentos para o Brasil ainda no ano passado. A Renault, por exemplo, anunciou investimentos da ordem de R$ 2 bilhões até 2025.
Segundo reportagem do Automotive Business, grande parte do montante será aplicado na fábrica de São José dos Pinhais (PR), onde serão produzidas a nova plataforma CMF-B, que estreará no SUV Kardian, e de um novo motor 1.0 turbo, que equipará alguns dos futuros lançamentos da marca no país.
A Caoa também anunciou R$ 3 bilhões até 2028, basicamente na fábrica de Anápolis (GO), para ampliar a produção do Tiggo 5X Sport em 150%. A expectativa é de que 800 novos empregos sejam gerados no período.
A Toyota, por sua vez, havia anunciado um total de R$ 1,9 bilhão no período de 2022 a 2025.
Redação ICL Economia
Com informações do Valor Econômico e Automotive Business