O mercado financeiro manteve estáveis as previsões para a taxa oficial de inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), PIB (Produto Interno Bruto) e para a taxa Selic, conforme mostra o Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta terça-feira (6).
A expectativa para a inflação deste ano permanece em 3,81%, após ter caído na semana passada. A perspectiva para os próximos três anos também seguiu a mesma: 3,5% para 2025, 2026 e 2027.
Em relação ao PIB, os analistas mantiveram a projeção da semana passada, em 1,6% (2024) e 2% (2025, 2026 e 2027).
A estimativa da Selic para 2025 continuou em 8,50% e a projeção para 2026 também foi mantida em 8,50%, como acontece há 26 semanas seguidas. A de 2027 também ficou em 8,50%.
A taxa básica de juros, a Selic, que foi reduzida em 0,50 ponto percentual na semana passada, passando de 11,75% para 11,25% ao ano, também teve a previsão mantida em 9% para este ano, como já ocorre há seis semanas.
A única mudança feita pelos mais de cem analistas consultados para a publicação foi em relação ao dólar para 2026, que caiu de R$ 5,05 para R$ 5,04. Nos outros anos, as previsões foram mantidas em R$ 4,92 (2024), R$ 5 (2025) e R$ 5,10 (2027).
Analistas reduzem previsão para superávit da balança comercial, aponta Boletim Focus
A projeção para a balança comercial brasileira em 2024 caiu após três altas seguidas, passando de US$ 78,45 bilhões para US$ 76,90 bilhões, enquanto a de 2025 recou de U$ 70,0 bilhões para US$ 68,90 bilhões. A estimativa para 2026 continuou nos mesmos US$ 71,50 bilhões, assim como a projeção para 2027, que permaneceu em US$ 74 bilhões.
Os analistas também mantiveram a projeção para o resultado primário em 2024 negativo em 0,80% do PIB. Para 2025, a expectativa também continuou em -0,60% do PIB, assim como a de 2026 (-0,50%). Já para 2027, a projeção piorou de -0,28% do PIB para -0,30% do PIB.
Para a dívida líquida do setor público, a projeção de 2024 continuou em 63,60% do PIB. A de 2025 foi mantida em 66,0% do PIB. Já a de 2026 subiu de 68,40% para 68,65% do PIB, assim como a de 2027, que avançou de 69,81% do PIB para 69,95% do PIB.
O Boletim Focus costuma ser divulgado às segundas-feiras, mas foi adiado para hoje, pela segunda semana consecutiva, em virtude do protesto dos servidores do BC, que reivindicam, por exemplo, melhorias na carreira, contratação de mais servidores, reajuste salarial, retribuição por produtividade e exigência de nível superior para o cargo de técnico.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
