O mercado financeiro elevou ligeiramente as projeções da inflação oficial do país, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), para este e o próximo ano. Para 2024, a projeção foi elevada de 3,81% para 3,82%. Os dados estão no Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta manhã de quinta-feira (15).
Apesar da alta, a projeção para a inflação de 2024 se mantém abaixo do teto da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), que é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano.
Para 2025, a estimativa de inflação avançou de 3,50% para 3,51%. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Os mais de cem analistas foram consultados para o relatório do BC na semana passada, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou a inflação oficial de janeiro, que ficou em 0,42%, após a variação de 0,56% registrada no mês anterior.
A alta no primeiro mês do ano foi influenciada especialmente pelo aumento de 1,38% do grupo alimentação e bebidas, que tem o maior peso no indicador (21,12%). Com esse resultado, os alimentos também exerceram o maior impacto sobre o índice do mês (0,29 p.p.).
Mercado mantém previsões para o PIB estáveis, aponta Boletim Focus
Sobre o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de 2024, o mercado financeiro manteve a projeção de crescimento em 1,60% na semana passada. Já para 2025, a previsão de crescimento da economia do mercado financeiro também ficou estável em 2%.
Em relação à taxa básica de juros (Selic), os analistas consultados também mantiveram as projeções em, respectivamente, 9% (2024) e 8,5% (2025).
Atualmente, a taxa Selic está em 11,25% ao ano, após cinco reduções seguidas promovidas pelo Banco Central.
Para o dólar, a projeção do mercado para 2024 permaneceu em R$ 4,92. Para o fim de 2025, a estimativa também continuou em R$ 5.
Quanto à balança comercial, o superávit (exportações menos as importações) recuou de US$ 76,9 bilhões para US$ 76,5 bilhões em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo subiu de US$ 68,9 bilhões para US$ 70 bilhões.
Já para a entrada de investimento estrangeiro direto, a previsão do relatório neste ano recuou de US$ 69,8 bilhões para US$ 66,5 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso diminuiu de US$ 75,7 bilhões para US$ 74,1 bilhões.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias