Índices futuros e bolsas da Europa no campo positivo; ata do Fomc e inflação dos EUA e do Brasil estão na agenda do dia

Por aqui, a expectativa do consenso LSEG é de que o IPCA tenha alta mensal de 0,25% e de 4,01% na base anual do indicador.
10 de abril de 2024

Os índices futuros dos EUA e as bolsas da Europa operam em trajetória positiva, nesta manhã de quarta-feira (10), com os investidores se preparando para a divulgação do Índice de Preço ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de março. Também é aguardada para hoje a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).

Embora não seja o indicador favorito do Fed, o índice de inflação servirá para medir a temperatura da economia norte-americana, enquanto a ata dará o norte dos próximos passos a serem seguidos pela autoridade monetária norte-americana.

Os agentes do mercado estão em busca de pistas sobre quando o Fed começará a cortar os juros. Dados da ferramenta CME FedWatch, sugerem uma probabilidade de 42% de que o banco central mantenha as taxas estáveis ​​em junho.

A expectativa é de que os preços ao consumidor dos EUA tenham subido 0,3% em março em relação ao mês anterior, tanto no índice geral quanto no núcleo, que exclui os custos de alimentos e energia.

Um CPI mais forte do que o esperado pode acabar desencadeando um catalisador para a correção dos rendimentos dos títulos do Tesouro, enquanto um índice mais fraco poderia levá-los a recuar ao mesmo tempo em que turbinam o mercado de ações.

Na Europa, as ações europeias avançam nesta quarta-feira, impulsionadas por notícias otimistas no setor de tecnologia.

Por aqui, também está no radar dos investidores a divulgação do IPCA  (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) às 9h.

A expectativa é de desaceleração da inflação em março com a dissipação da alta sazonal dos preços de educação, segundo analistas. O núcleo de serviços, no entanto, deve seguir pressionado.

O consenso LSEG prevê alta mensal de 0,25% e de 4,01% na base anual do indicador.

Brasil

Pelo segundo dia consecutivo, o Ibovespa encerrou o pregão com alta. Na terça-feira (9), o principal indicador da bolsa brasileira subiu 0,80%, aos 129.890 pontos, na contramão de Nova York.

O indicador subiu apoiado na queda dos juros futuros americanos e brasileiros antes da divulgação dos indicadores de inflação no Brasil (IPCA) e dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês), ambos de março, nesta quarta-feira (10).

Já o dólar manteve a trajetória de queda e fechou a R$ 5,0076, com baixa de 0,47% no mercado à vista.

Europa

As bolsas europeias operam no campo positivo, enquanto os mercados globais aguardam a divulgação dos dados de inflação dos Estados Unidos de março.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,61%

DAX (Alemanha): +0,76%

CAC 40 (França): +0,59%

FTSE MIB (Itália): +0,70%

STOXX 600: +0,66%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York operam no campo positivo hoje. Além do CPI, os investidores estão ansiosos pelas ata da reunião do Fed no mês passado. A minuta deve trazer mais clareza sobre a posição dos legisladores em relação aos cortes esperados nas taxas este ano.

Dow Jones Futuro: +0,09%

S&P 500 Futuro: +0,08%

Nasdaq Futuro: +0,06%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em baixa, após a Fitch rebaixar a perspectiva do rating soberano chinês.

A agência de classificação de risco rebaixou sua perspectiva para a nota de crédito soberana A+ da China, de estável para negativa, em função dos “crescentes riscos” às finanças do gigante asiático.

Em resposta, o Ministério de Finanças chinês disse que a dívida do país é “administrável” e está “sob controle”.

Para hoje á noite, está prevista a atualização da inflação mensal da China, tanto ao consumidor (CPI) quanto ao produtor (PPI).

Shanghai SE (China), -0,70%

Nikkei (Japão): -0,48%

Hang Seng Index (Hong Kong): +1,85%

Kospi (Coreia do Sul): -0,46%

ASX 200 (Austrália): +0,31%

Petróleo

As cotações do petróleo operam com leve alta, revertendo parte das perdas das últimas duas sessões, uma vez que as preocupações com uma oferta mais restrita devido à incerteza sobre as negociações de cessar-fogo na Faixa Gaza foram compensadas por um aumento maior do que o esperado nos estoques de petróleo bruto dos EUA.

Petróleo WTI, +0,23%, a US$ 85,23 o barril

Petróleo Brent, +0,22%, a US$ 89,62 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, serão divulgados hoje o índice de preços ao consumidor (CPI) de março, com o consenso LSEG projetando alta mensal de 0,3% e de 3,4% na base anual, e a ata do Fomc do Fed.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, classificou os rumores de uma possível demissão do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, como especulações. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa ontem (9), após assinatura da medida provisória que prevê redução de 3,5% a 5% na conta de luz. Na seara de indicadores, será divulgado hoje o IPCA de março, com o consenso LSEG prevendo alta mensal de 0,25% e de 4,01% na base anual.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.