O mercado financeiro enfrentou um dia de queda, com o Ibovespa registrando sua quarta baixa consecutiva ao encerrar a sessão de segunda-feira (15) com uma diminuição de 0,49%, chegando a 125.333 pontos, resultando em uma perda superior a 610 pontos. O dólar também apresentou um aumento significativo, atingindo níveis que não eram vistos desde março de 2023, com uma alta de 1,24%, alcançando R$ 5,185. Além disso, os juros futuros (DIs) também aumentaram em toda a curva. Em Nova York, os principais índices registraram quedas consistentes.
Essa tendência de baixa foi influenciada por fatores externos, com destaque para um ataque anunciado previamente pelo Irã a Israel. Apesar dos esforços de defesa israelenses, que conseguiram interceptar 99% dos drones e mísseis iranianos, a expectativa agora se volta para uma possível retaliação de Israel.
Destaques do Ibovespa
No mercado nacional, alguns destaques merecem atenção. A Vale (VALE3) registrou um aumento de 0,58%, com base em análises técnicas que indicam um suporte ainda não rompido, além da valorização do minério de ferro. A Petrobras (PETR4), por sua vez, apresentou um ganho de 0,95%, apesar da queda do preço do petróleo devido à instabilidade no Oriente Médio.
Outras empresas também tiveram um desempenho positivo, como a BRF (BRFS3), que teve um salto de 10,15% após a elevação da recomendação por analistas de dois bancos. Nesse contexto, a Marfrig (MRFG3) também se beneficiou, registrando um aumento de 4,82%.
Por outro lado, setores como bancos e varejo enfrentaram desafios. As varejistas foram especialmente afetadas, com os juros futuros aumentando em toda a curva, o que também pressionou as construtoras. Por exemplo, o Magazine Luiza (MGLU3) teve uma queda de 7,83%, enquanto a MRV (MRVE3) caiu 3,90%. No segmento das construtoras, a Cyrela (CYRE3) registrou uma queda de 6,03%, e a Cury (CURY3) perdeu 7,24%.
Os bancos também enfrentaram um dia de baixa, especialmente devido às notícias de Brasília. O Itaú Unibanco (ITUB4) teve uma queda de 1,69%, e o Bradesco (BBDC4) recuou 1,48%. O setor ampliou suas perdas após uma entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que confirmou a decisão do governo federal de adiar a meta de zerar o déficit primário para 2025.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney