Em discurso alinhado com o do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Rogério Ceron disse que a situação fiscal do Brasil não “possui gordura” para acomodar a ampliação ou novas renúncias fiscais que não venham acompanhadas de medidas de compensação.
O que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o governador de SP, Tarcísio de Freitas, têm em comum, além de terem sido alçados aos seus postos por Bolsonaro? Ajudam a propagar a narrativa do Estado mínimo, onde os pobres não têm vez.
"É preciso fazer mais do que a gente tem feito a respeito de revisão das despesas", reconheceu o número 2 da Fazenda.
Conta pode subir ainda mais se o Congresso continuar impondo derrotas ao governo, como a questão da desoneração da folha de pagamentos e o fim gradual do Perse.
Equipe econômica apresentou ontem (15) a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias para o ano que vem, que traz uma previsão de subida mais gradual do superávit das contas públicas: 0,25% em 2026, 0,5% em 2027 e 1% em 2028.
Entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que confirmou a decisão do governo federal de adiar a meta de zerar o déficit primário para 2025, também gerou impacto no mercado.
Ao propor a mudança, o Executivo indica ainda a possibilidade de novo déficit no ano que vem, já que a meta conta com uma margem de tolerância de 0,25% do PIB para mais ou menos.
Diante da difilcudade em aprovar medidas para elevar o caixa, equipe econômica já trabalha com a revisão de meta para 2025.