Investimento estrangeiro soma US$ 9,6 bilhões em março; é o melhor resultado em 12 anos, aponta Banco Central

O número também é o melhor desde agosto de 2022. Na época, os investimentos diretos no país somaram R$ 9,7 bilhões.
2 de maio de 2024

O ingresso de investimento estrangeiro direto no país somou US$ 9,6 bilhões em março passado, ante US$ 7,3 bilhões no mesmo mês de 2023, conforme informações do Banco Central divulgadas nesta quinta-feira (2).

Trata-se do melhor resultado para o mês desde 2012, quando o país recebeu ingressos líquidos de US$ 14,9 bilhões, segundo a série histórica do BC, iniciada em 1995.

O número também é o melhor desde agosto de 2022. Na época, os investimentos diretos no país (IDP) somaram R$ 9,7 bilhões.

No documento com estatísticas do setor externo, a autoridade monetária aponta que o número de março foi derivado de ingressos líquidos de US$ 4,1 bilhões em participação no capital e de US$ 5,5 bilhões em operações intercompanhia.

O IDP acumulado em doze meses totalizou US$ 66,5 bilhões (2,98% do PIB) em março de 2024, ante US$ 64,3 bilhões (2,90% do PIB) no mês anterior e US$ 75,3 bilhões (3,76% do PIB) em relação a março de 2023.

Na bolsa de valores, segundo o BC, os investimentos foram equilibrados em março de 2024, com as despesas superando ligeiramente as receitas, resultando em saídas líquidas de US$ 72 milhões.

A autoridade monetária registrou ainda saídas líquidas de US$ 3,3 bilhões em ações e fundos de investimento, que foram compensados por ingressos na ordem de US$ 3,2 bilhões em títulos de dívida. Nos últimos doze meses, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram ingressos líquidos de US$ 6,3 bilhões.

Quanto às reservas internacionais, o BC informou que, no mês passado, os valores somaram US$ 355 bilhões, um aumento de US$ 2,3 bilhões em relação ao mês anterior.

Esse avanço se deu, principalmente, por contribuições positivas de variações por preços (US$ 973 milhões) e por paridades (US$ 450 milhões). As receitas de juros somaram US$ 654 milhões no mês.

Banco Central: déficit em conta corrente tem resultado pior

As transações em conta corrente, por sua vez, tiveram déficit de US$ 4,6 bilhões em março de 2024, ante superávit de US$ 698 milhões em março de 2023. Foi o pior resultado para o mês desde 2021, quando o saldo era deficitário em US$ 8,5 bilhões.

Na comparação interanual, o saldo comercial recuou US$ 4,2 bilhões e os déficits em serviços e renda primária aumentaram, respectivamente, US$ 660 milhões e US$ 378 milhões.

No acumulado em doze meses, o déficit nas transações correntes de 2024 somou US$ 32,6 bilhões (1,46% do PIB), ante US$ 27,3 bilhões (1,23% do PIB) no mês anterior e US$ 49,3 bilhões (2,46% do PIB) em março de 2023.

O superávit da balança comercial de bens atingiu US$ 5,1 bilhões em março de 2024, ante superávit de US$ 9,3 bilhões em março de 2023. As exportações de bens totalizaram US$ 28,5 bilhões e as importações, US$ 23,4 bilhões, um recuo de 14,0% e de 1,9%, respectivamente, em comparação a março de 2023.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

 

 

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