O exterior ditou os rumos do Ibovespa nesta sexta-feira (3). O principal indicador da Bolsa brasileira fechou em alta de 1,09%, aos 128.508 pontos, embalado pela expectativa de corte de juros nos Estados Unidos e, também, no Brasil.
O indicador fecha a primeira semana do mês de maio com ganho acumulado de 1,57%.
Hoje, foi divulgado o payroll (folha de pagamentos do setor não agrícola) nos EUA, que trouxe uma onda de otimismo. O relatório mostrou sinal de enfraquecimento no mercado de trabalho norte-americano ao apontar a criação de 175 mil vagas de empregos, ante 303 mil em março. Foi bem abaixo da expectativa de analistas, que esperavam a criação de 240 mil vagas.
Com isso, subiram as apostas de que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) possa finalmente começar a pensar em cortar os juros, depois de mantê-los inalterados pela sexta vez seguida em anúncio feito na quarta-feira passada (1/5).
Se os investidores veem a chance de uma queda maior dos juros no curto prazo, significa que a renda fixa americana passa a ficar menos atrativa e, desse modo, os ativos de risco, como os do Brasil, tornam-se mais atraentes.
Por aqui, os investidores também acompanharam o dado da produção industrial brasileira de março, que avançou 0,9%. No ano, o indicador acumula alta de 1,9% e, em 12 meses, variação positiva de 0,7%. Com esses resultados, a indústria se encontra 0,4% acima do nível pré-pandemia.
Já o dólar perdeu força e terminou o dia a R$ 5,0698, com baixa de 0,84% no mercado à vista. Na semana, a moeda norte-americana recuou 0,91%.
Destaques do Ibovespa
As ações da Azul (AZUL4) lideraram os ganhos do dia do Ibovespa, com alta de 7,78%, acompanhando as quedas do dólar e do petróleo, que contribuem para reduzir os custos da companhia.
Na semana, o líder de alta foi o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), com acúmulo de +20,65%.
Na ponta negativa do dia, as petroleiras recuaram em bloco na esteira da queda do petróleo no mercado internacional. A Petrobras (PETR3) fechou com baixa de 1,77%. Na semana, a liderança negativa também ficou com outra petroleira, a PRIO (PRIO3), com -5,08%.
Mercado externo
As bolsas de Nova York terminaram o pregão com forte alta depois do payroll melhor que o esperado. O relatório mostra que a taxa de desemprego avançou para 3,9% em abril, ante 3,8% em março. A previsão era de manutenção.
O Dow Jones subiu 1,18%, aos 38.675,68 pontos; o S&P 500, +1,26%, aos 5.127,79 pontos; e o Nasdaq, +1,99%, aos 16.156,33 pontos.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias