As bolsas mundiais operam sem direção definida, nesta manhã de quarta-feira (8). Enquanto os investidores dos Estados Unidos estarão atentos a falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), por aqui, as atenções estarão voltadas para o anúncio da nova taxa básica de juros, a Selic. A expectativa é em relação ao tamanho do corte, se de 0,50 ponto percentual ou 0,25 p.p.
A maioria dos agentes, no entanto, aposta em redução de 0,25 ponto percentual, ante 0,50 ponto das últimas reuniões. Mas o que deverá estar mesmo na lupa dos investidores deverá ser a maneira como os nove membros do colegiado vão votar.
Além disso, os investidores seguem monitorando a temporada de balanços ao redor do mundo, em busca de evidências sólidas de uma recuperação dos lucros antes de levar o rali deste mês adiante.
Por aqui, as atenções também permanecem sobre a tragédia climática que assola o Rio Grande do Sul. O governo brasileiro fornecerá crédito barato e ajuda financeira para reconstruir casas e negócios perdidos nas enchentes recordes no estado, ao mesmo tempo em que mantém “controle e transparência” em seus planos de gastos, segundo a Ministra do Planejamento, Simone Tebet.
Na seara de indicadores, saem hoje no Brasil os dados do IGP-DI de abril; as vendas no varejo de março, com o consenso LSEG prevendo baixa de 0,1% na base mensal e de 5,05% na base anual; a balança comercial de abril; além da decisão do Copom, que é o grande destaque do dia após o fechamento da Bolsa brasileira.
Brasil
O Ibovespa terminou a terça-feira (7) com alta de 0,58%, aos 129.210 pontos, no embalo dos balanços corporativos divulgados até o momento e, também, à espera da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que será divulgada nesta quarta-feira (8).
Anteontem (6), após o fechamento do mercado financeiro, o Itaú anunciou um lucro recorrente gerencial de R$ 9,771 bilhões no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento considerável em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado é quase 16% maior que o registrado no ano passado.
Os investidores também repercutiram os resultados da Vamos (VAMO3), Rede D’Or (RDOR3) e Vivara (VIVA3), que figuraram como as maiores altas do Ibovespa nesta terça.
Já o dólar à vista fechou a R$ 5,0673, com leve queda de 0,13%.
Europa
As bolsas da Europa operam com alta em sua maioria, com os investidores repercutindo dados corporativos, já que a agenda de indicadores macroeconômicos segue esvaziada.
Divulgam seus balanços hoje a Alstom, BMW, Skanska, ABInbev, Swatch Group e Munich Re.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,43%
DAX (Alemanha): +0,54%
CAC 40 (França): +0,97%
FTSE MIB (Itália): -0,21%
STOXX 600: +0,38%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam perto da estabilidade, com os investidores de olho em discursos de membros do Fed, o banco central dos Estados Unidos, além de resultados corporativos.
Dow Jones Futuro: +0,03%
S&P 500 Futuro: 0,00%
Nasdaq Futuro: -0,01%
Ásia
Os mercados da Ásia e do Pacífico fecharam mistos, com os principais recuando em meio a preocupações com balanços corporativos e ajustes técnicos.
Liderando perdas na Ásia, o índice Nikkei caiu 1,63% em Tóquio, a 38.202,37 pontos, diante da fraca perspectiva de lucro de algumas grandes empresas do Japão, como a Nintendo. As ações da empresa caíram 5,4%.
Shanghai SE (China), -0,61%
Nikkei (Japão): -1,63%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,90%
Kospi (Coreia do Sul): +0,39%
ASX 200 (Austrália): +0,14%
Petróleo
As cotações do petróleo operam em baixa, depois que fontes do mercado disseram que dados do American Petroleum Institute mostraram um aumento nos estoques de petróleo e combustível dos EUA, um indicador de fraca demanda.
Petróleo WTI, -1,53%, a US$ 77,18 o barril
Petróleo Brent, -1,42%, a US$ 81,99 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, são aguardados os discursos do vice-presidente do Fed, Philip Jefferson; da presidente do Fed de Boston, Susan Collins, e da diretora da instituição Lisa Cook. Eles participam de evento por lá.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse estar animado com a possibilidade de, ainda nesta semana, “pacificar” a negociação sobre a desoneração da folha de pagamentos. Segundo ele, não é a ideia da Fazenda “derrotar ninguém” no STF (Supremo Tribunal Federal), que suspendeu liminarmente o benefício, a pedido do governo, com a decisão do ministro Cristiano Zanin. Na seara de indicadores, saem o IGP-DI de abril; vendas no varejo de março, com o consenso LSEG prevendo baixa de 0,1% na base mensal e de 5,05% na anual; a balança comercial de abril; e o destaque do dia: a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, sobre a taxa básica de juros, a Selic.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg