O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,87% em maio. No mês de abril, a taxa havia sido de 0,72%. Com este resultado, o índice acumula alta de 0,61% no ano e de 0,88% em 12 meses. Em maio de 2023, o índice havia variado -2,33% e acumulava queda de -5,49% em 12 meses.
“Nesta apuração, o IPA, índice de maior relevância no IGP, registrou uma notável aceleração nos preços dos alimentos processados, passando de 0,62% para 1,92%. Destacaram-se os aumentos nos preços de componentes essenciais da cesta básica, como arroz (de -2,59% para 3,40%), café (de 0,01% para 1,36%), carne bovina (de 0,80% para 2,40%), carne de aves (de 0,40% para 2,07%) e leite (de 0,55% para 7,37%). Além disso, o IPA também apresentou elevação nos preços de Materiais e Equipamentos para a Manufatura, subindo de 0,75% para 1,74%. Nesse segmento, merecem destaque os aumentos nos preços do alumínio (de 0,00% para 14,29%), farelo de soja (de 0,98% para 13,08%) e celulose (de 2,72% para 5,69%)”, essas observações foram enfatizadas por André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,97% em maio. No mês anterior, o índice havia registrado alta de 0,84%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de -0,04% em abril para 0,73% em maio. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja variação passou de -5,28% para 0,94%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,78% em maio, contra alta de 0,52% em abril.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,62% em abril para 0,88% em maio. O principal responsável pelo avanço da taxa do grupo foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,75% para 1,74%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 1,26% em maio, superior a alta de 0,55%, no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 1,33% em maio, porém com menor intensidade que a alta de 2,06% em abril. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: café em grão (16,05% para -0,21%), cacau (46,58% para -18,95%) e mandioca/aipim (6,20% para -4,07%). Em sentido oposto, vale citar os seguintes itens: minério de ferro (3,68% para 4,75%), arroz em casca (-0,19% para 5,82%) e milho em grão (-0,95% para 0,20%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,53% em maio. Em abril, o índice variara 0,42%. Duas das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (-1,24% para 0,87%) e Despesas Diversas (0,13% para 0,21%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: passagem aérea (-8,07% para 5,52%) e cigarros (0,06% para 1,46%).
Em contrapartida, os grupos Alimentação (0,90% para 0,72%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,87% para 0,67%), Vestuário (0,02% para -0,54%), Transportes (0,52% para 0,49%), Comunicação (0,57% para 0,46%) e Habitação (0,42% para 0,41%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: frutas (3,49% para -2,62%), medicamentos em geral (3,87% para 0,10%), roupas (0,11% para -0,73%), pedágio (0,02% para -9,26%), tarifa de telefone móvel (2,15% para 0,52%) e tarifa de eletricidade residencial (0,74% para 0,14%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,86% em maio, ante 0,52% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de abril para maio: Materiais e Equipamentos (0,32% para 0,37%), Serviços (0,30% para 0,54%) e Mão de Obra (0,81% para 1,55%).
Núcleo do IPC e Índice de Difusão
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,31% em maio, 0,05 ponto percentual acima do resultado apurado no mês anterior, de 0,26%. Dos 85 itens componentes do IPC, 44 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 30 apresentaram taxas abaixo de 0,08%, linha de corte inferior, e 14 registraram variações acima de 0,58%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 61,29%, 4,84 pontos percentuais acima do registrado em abril, quando o índice foi de 56,45%.
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Do Portal FGV IBRE