O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE subiu 3,3 pontos em julho, para 101,7 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,7 ponto, para 99,4 pontos. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (29).
“Pela quarta vez consecutiva, a confiança da indústria registra resultado positivo influenciado por uma forte melhora da situação atual. A percepção sobre a demanda segue avançando enquanto o nível de estoques melhora gradualmente. Além disso, maior parte das empresas sinalizam que não há dificuldades para aumentar a produção no momento. Em relação ao futuro, há uma perspectiva positiva relacionada ao ambiente de negócios para o fim do ano e ao ímpeto de contratações. No cenário macroeconômico, apesar da interrupção do ciclo de quedas na taxa de juros, os indicadores de trabalho e renda continuam positivos e contribuem com o otimismo disseminado entre os segmentos da indústria.” comenta Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
Confiança da Indústria subiu em 13 dos 19 segmentos em julho
Em julho, houve alta da confiança em 13 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela Sondagem. O resultado reflete melhora nas avaliações tanto sobre a situação atual como nas expectativas em relação aos próximos meses.
O Índice Situação Atual (ISA) avançou 4,4 pontos, para 103,7 pontos. O Índice de Expectativas (IE) subiu 2,1 ponto, para 97,6 pontos. Ambos chegam ao maior patamar desde novembro de 2021.
Entre os quesitos integrantes do ISA, o que mais influenciou a alta no mês foi o que mede o nível de demanda, ao avançar 6,3 pontos, para 105,5 pontos, mesmo patamar observado em novembro de 2021 e quarta alta consecutiva no indicador. No mesmo sentido, a situação atual dos negócios subiu 4,2 pontos, para 101,6 pontos.
Em menor magnitude, o nível de estoques melhorou 2,5 pontos no mês, para 96,2 pontos, melhor resultado desde março de 2022 (95,5 pontos). Quando este indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável).
Em relação às expectativas, houve melhora em todos os quesitos que compõem o índice de contratações e piora das perspectivas sobre à produção e na tendência dos negócios nos próximos seis meses. O indicador que mensura o ímpeto sobre as contratações avançou 3,9 pontos, para 102,1 pontos, exercendo maior influência na alta do índice.
Em menor proporção os indicadores que medem a produção nos três meses e a tendência dos negócios nos seis meses seguintes subiram 0,8 e 1,6 ponto, para 97,4 e 99,6 pontos, respectivamente. Este último acumula crescimento de 11,7 pontos desde agosto de 2023.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) subiu 0,9 ponto percentual em julho, para 83,4%.
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De FGV Ibre