O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE caiu 1,2 ponto em setembro para 100,5 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,7 ponto, quinta alta consecutiva, para 101,3 pontos.
“A confiança da indústria registrou, em setembro, sua segunda queda no ano de 2024. O resultado possui um caráter compensatório num ano caracterizado por melhoras na demanda e redução dos estoques, mas acende um alerta para os próximos meses. A percepção dos empresários sobre o presente é pior na maior parte dos segmentos, mas ainda é cedo para afirmar que há uma mudança de sinal no ciclo de crescimento da indústria. No cenário macroeconômico, a taxa de juros voltou a subir com o intuito de conter pressões de custos num ambiente em que os indicadores de emprego e renda continuam positivos. Essa alteração na conjuntura econômica pode refletir cautela nas perspectivas dos empresários sobre o ambiente de negócios nos próximos meses”, comenta Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
Em setembro, houve queda da confiança em 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela Sondagem. O resultado reflete piora nas avaliações tanto sobre a situação atual como nas expectativas em relação aos próximos meses.
O Índice Situação Atual (ISA) recuou 0,6 ponto, para 103,0 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,7 ponto, para 98,1 pontos. Entre os quesitos integrantes do ISA, a maior queda foi no indicador que mede o nível de demanda, ao recuar 1,6 ponto, para 102,2 pontos.
Nível de estoque da indústria recua 0,4 ponto em setembro, sinalizando estoques mais baixos
Em menor magnitude, o nível de estoques piorou 0,4 ponto no mês, para 97,1 pontos. Quando este indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável).
A situação atual dos negócios se manteve relativamente estável ao variar 0,1 ponto, para 103,5 pontos, melhor resultado desde julho de 2022 (104,2 pontos).
Em relação às expectativas, houve melhora apenas no quesito que mede a produção prevista nos próximos três meses que avançou 1,1 ponto para 97,5 pontos.
O indicador que mede a tendência dos negócios nos próximos seis meses caiu 3,5 pontos, para 97,6 pontos, interrompendo um ciclo de seis altas consecutivas. Em menor magnitude o indicador que mensura o ímpeto sobre as contratações recuou 2,8 pontos, para 99,1 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) manteve-se relativamente estável ao variar 0,1 ponto percentual em setembro, para 83,4%.
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Do portalibre.fgv.br