Índices futuros e bolsas europeias operam em alta à espera da inflação ao consumidor dos EUA

Na média das projeções do consenso Refinitiv, CPI deve registrar avanço de 0,2% em julho ante junho
10 de agosto de 2022

Os mercados europeus e norte-americano operam em temperatura alta esta manhã (10) à espera da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), de julho. Isso porque a inflação ao consumidor é um dos parâmetros usados pelo Fed (Federal Reserve) para definir a taxa de juros da economia. Como a inflação norte-americana está em trajetória ascendente, a expectativa do mercado é de que a autoridade monetária decida por mais um reajuste para cima na próxima reunião, em setembro.

Sobre o CPI, na média das projeções do consenso Refinitiv, o índice deve registrar avanço de 0,2% em julho ante junho.

Do outro lado do mundo, os mercados asiáticos fecharam no vermelho esta manhã. As ações caíram nesta quarta-feira com os investidores digerindo os dados de inflação chinesa enquanto aguardam o relatório do CPI dos EUA.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (9) em alta de 0,23%, no sexto pregão seguido de ganhos, a 108.651 pontos. No entanto, a sessão de ontem foi marcada pela volatilidade. O Ibovespa chegou a tocar os 109 mil pontos, mas perdeu força ao longo do dia em meio a movimentos de realização de lucros.

De acordo com analistas, o foco dos mercados segue nos indicadores de inflação e na trajetória da alta dos juros nos EUA, já que os dados robustos do mercado de trabalho norte-americano reacenderam apostas de outro aumento agressivo dos juros pelo Federal Reserve.

Enquanto isso, no Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou deflação de 0,68%, devido à desoneração dos combustíveis. Porém, o indicador no acumulado de 12 meses continua na casa dos dois dígitos.

O dólar fechou com alta de 0,33% frente ao real, a R$ 5,129 na compra e a R$ 5,13 na venda.

Europa

Nesta manhã (10), os mercados europeus operam com leves altas à espera da divulgação dos dados de inflação nos EUA (CPI, na sigla em inglês). No âmbito europeu, a inflação de preços ao consumidor alemão no final de julho ficou em 7,5% ano a ano e 0,9% mensalmente, aproximadamente em linha com as expectativas.

Somado a isso, o desempenho das empresas continua a ser um fator preponderante do movimento individual dos preços das ações na Europa.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,03%

DAX (Alemanha), +0,32%

CAC 40 (França), +0,04%

FTSE MIB (Itália), +0,38%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em alta hoje, na expectativa do último relatório do índice de preços ao consumidor (CPI), a ser divulgado nesta manhã, que pode confirmar ou não que os preços em alta tenham se estabilizado. Na projeção de analistas, o relatório provavelmente vai mostrar que a inflação desacelerou um pouco, liderada pela queda nos preços do petróleo.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,25%

S&P 500 Futuro (EUA), +0,33%

Nasdaq Futuro (EUA), +0,45%

Ásia

No mercado asiático, o movimento encerrou no negativo nesta quarta-feira, como resultado da inflação da China. Além disso, os investidores aguardam o relatório do CPI dos EUA. O índice de preços ao produtor chinês subiu 4,2% em julho ante ao ano anterior. Por sua vez, os preços ao consumidor subiram 2,7% no mês passado em comparação com o mesmo período de 2021, o maior desde julho de 2020. Os analistas esperavam que o número ficasse em 2,9%.

Shanghai SE (China), -0,54%

Nikkei (Japão), -0,65%

Hang Seng Index (Hong Kong), -1,96%

Kospi (Coreia do Sul), -0,90%

Petróleo

As cotações do petróleo estão recuando após dados da indústria mostrarem que os estoques de petróleo dos EUA subiram inesperadamente na semana passada, dando sinais de possível enfraquecimento na demanda.

No período avaliado, os estoques da commodity subiram cerca de 2,2 milhões de barris na semana encerrada em 5 de agosto, conforme dados American Petroleum Institute (API). As projeções indicavam uma pequena retração de 400 mil barris nos estoques de petróleo.

Petróleo WTI, -0,63%, a US$ 89,93 o barril

Petróleo Brent, -0,62%, a US$ 95,71 o barril

Agenda

O dado mais importante no mercado externo, a ser divulgado ainda esta manhã, é o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA. Na média das projeções do consenso Refinitiv, o indicador deve registrar avanço de 0,2% em julho, na comparação com junho.

Por aqui, no Brasil, nada de novo no campo político. Já no âmbito econômico, um dia depois do resultado do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE, saem as vendas do varejo referentes a junho. A previsão do mercado é de retração de 1,5% no núcleo do índice em relação a maio. Para o índice amplo, que inclui veículos e material de construção, a expectativa é de recuo de 1,3% na margem.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

 

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