No embalo da divulgação da ata do Fomc e dos dados do varejo americano, índices futuros de NY operam com recuo nesta manhã (17)

Divulgação da ata dará a indicação para o mercado se o Fed manterá uma política de aumento de juros mais agressiva ou não
17 de agosto de 2022

Os índices futuros de Nova York operam com recuo na manhã desta quarta-feira (17), enquanto as bolsas europeias têm rumo ainda indefinido. Há muita expectativa nos mercados internacionais com a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Fed (Federal Reserve), a qual será determinante na indicação do rumo da política monetária da maior economia do planeta. Somado a isso, os investidores devem se pautar pelos resultados das vendas no varejo americano de julho, com consenso Refinitiv projetando alta mensal de 0,1% em relação a junho.

A divulgação da ata do Fomc servirá como indicador ao mercado a respeito da decisão do Fed sobre as taxas de juros dos EUA na próxima reunião, em setembro. Diante dos atuais dados econômicos, as projeções apontam para um rumo menos agressivo na política monetária.

Por sua vez, a maioria das bolsas asiáticas fechou em alta, com destaque para o índice Nikkei, do Japão, após números de exportação melhores do que o esperado. Os principais índices da China subiram puxados pela recuperação da gigante de alimentos chinês Meituan.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (16) em alta diante das preocupações com a desaceleração da economia global. O principal índice da bolsa brasileira subiu 0,47%, a 113.557 pontos. Com o fechamento, o índice atingiu nova máxima desde 20 de abril, quando somou 114.344 pontos.

Analistas avaliam que o foco dos investidores segue na trajetória da taxa de juros nos EUA e nos temores de uma recessão global. No Brasil, as atenções estão voltadas para a campanha eleitoral, que começou oficialmente ontem (16), e para as pesquisas de intenção de voto.

O dólar avançou  0,96% frente ao real, negociado a R$ 5,140 na compra e a R$ 5,141 na venda.

Europa

Os mercados europeus estão operando para rumo ainda incerto nesta manhã (17), enquanto investidores repercutem dados preliminares do PIB (Produto Interno  Bruto) da zona do euro para o segundo trimestre, além dos últimos números da inflação do Reino Unido para julho.

A inflação do consumidor no Reino Unido subiu 10,1% ao ano, acima do projetado por analistas. O núcleo de inflação, que exclui energia, alimentos, álcool e tabaco, ficou em 6,2% no ano até julho de 2022, passando de 5,8% em junho e acima das projeções de 5,9%.

A economia da zona do euro cresceu 3,9% no segundo trimestre de 2022 ante o mesmo período do ano passado, abaixo do consenso de 4%. O índice subiu 0,6% na comparação com o trimestre anterior.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,17%
DAX (Alemanha), -0,33%
CAC 40 (França), -0,23%
FTSE MIB (Itália), +0,34%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta quarta-feira (17) após o índice à vista subir por cinco sessões consecutivas. Os investidores aguardam a divulgação de dados de vendas do varejo para o mês de julho, nesta quarta-feira (17), os quais serão importantes para mensurar o comportamento dos consumidores diante da inflação alta. A expectativa é de aumento de 0,1% nos gastos dos consumidores.

Além disso, a ata do Fomc, que também será divulgada hoje, vai indicar os próximos passos da política monetária dos EUA.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,26%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,40%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,55%

Ásia

O índice Nikkei, do Japão, subiu 1,23% depois que o país registrou um crescimento de exportações melhor do que o esperado em julho ante o mesmo período do ano passado. As exportações cresceram 19% em relação aos 18,2% esperados pelo consenso Refinitiv. O índice de Shanghai, por sua vez, fechou em alta de 0,45%, e o Shenzhen Component encerrou positivo em 1,01%. O índice Hang Seng, de Hong Kong, foi 0,46% maior.

Shanghai SE (China), +0,45%
Nikkei (Japão), +1,23%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,46%
Kospi (Coreia do Sul), +0,31%

Petróleo

As cotações dos preços do petróleo seguem rumo de alta nesta quarta-feira, recuperando-se das mínimas de seis meses atingidas na sessão anterior, devido à queda acima das expectativas nos estoques de petróleo e gasolina dos EUA. Vale lembrar que, a despeito das projeções para uma recessão global, a demanda por combustíveis continua firme.

Os estoques de petróleo e combustível dos EUA caíram cerca de 448 mil barris na semana encerrada em 12 de agosto.

Petróleo WTI, +0,50%, a US$ 86,96 o barril
Petróleo Brent, +0,45%, a US$ 92,76 o barril

Agenda

Esta quarta-feira terá uma agenda internacional com dados muito importantes a serem divulgados, sendo o principal deles a ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve, às 15h. Na última reunião, o banco central dos EUA elevou a taxa de juros em 75 pontos-base. Também serão divulgados hoje os dados do varejo, com o mercado prospectando alta de 0,1% nos gastos do consumidor americano na comparação com junho.

Por aqui, no Brasil, no campo político, será divulgada a pesquisa eleitoral PoderData. Já no campo econômico, nenhum dado econômico para hoje, apenas para amanhã (18), quando será divulgado o IGP-10 de agosto.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

 

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