Como se diz no jargão econômico, os mercados mundiais estão “andando de lado” nesta manhã de sexta-feira (7), o que significa que as bolsas internacionais operam sem tendência de queda ou alta, movimento muito diferente do que ocorreu no dia de ontem (6), quando o mercado americano registrou potenciais perdas com a sinalização de que o Fed (Federal Reserve) não vai moderar a política monetária. Hoje, serão divulgados os dados do mercado de trabalho de setembro (payroll) nos EUA, o que coloca os investidores em alerta.
Ontem, a presidente do Fed (Federal Reserve) de Cleveland, Loretta Mester, disse acreditar que a autoridade monetária não vai cortar juros no próximo ano. Pelo contrário, as taxas de juros nos EUA deverão ser elevadas em 2023, uma vez que não há perspectivas de arrefecimento da inflação. Ainda, Loretta disse que vai demorar algum tempo para a inflação atingir a meta do Fed, de 2%.
Além dos dados do mercado de trabalho, os estoques no atacado e os dados de crédito ao consumidor também estão previstos para esta sexta-feira.
No mesmo movimento seguem as bolsas europeias, também levadas pelos dados dos EUA e pela produção industrial alemã, que caiu 0,8% em agosto ante julho, abaixo, portanto, das expectativas de queda de 0,5% dos analistas do mercado financeiro.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (6) em leve alta, na contramão do clima negativo nos mercados externos. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,31%, a 117.561 pontos. Segundo analistas do mercado financeiro, a Petrobras voltou a puxar os ganhos na bolsa, subindo pouco mais de 3%.
Para esta sexta-feira (7), o mercado aguarda a divulgação do relatório sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. Dados desta semana têm sugerido que a economia dos Estados Unidos estaria perdendo fôlego. Isso levantou esperanças de que o Fed (Federal Reserve) poderia subir sua taxa de juros em dose menor do que o esperado.
O dólar comercial fechou em alta de 0,5%, cotado a R$ 5,209 para compra e a R$ 5,210 para venda.
Europa
Os mercados europeus operam entre perdas e ganhos hoje, levados pelo movimento das bolsas americanas e pelos dados do emprego dos EUA. Além disso, dados da produção industrial alemã, que caiu em agosto, devido aos gargalos de fornecimento ocasionados pela guerra na Ucrânia, principalmente, impactaram na movimentação.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,16%
DAX (Alemanha), -0,28%
CAC 40 (França), -0,04%
FTSE MIB (Itália), -0,06%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA seguem a movimentação das bolsas nesta manhã, após as perdas da véspera, com investidores aguardando o relatório de empregos de setembro.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,21%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,05%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,24%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam em baixa hoje, também na esteira da divulgação do relatório mensal de empregos nos EUA. Além disso, os resultados das corporações também impactaram o resultado na região. A fabricante de chips sul-coreana Samsung Electronics anunciou queda de 31,7% no lucro operacional no terceiro trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período do ano passado, devido à queda na demanda de semicondutores.
Shanghai SE (China), fechado
Nikkei (Japão), -0,71%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,51%
Kospi (Coreia do Sul), -0,22%
Petróleo
As cotações do petróleo estão em movimento de alta nesta sexta-feira, após a decisão da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) de restringir a oferta global da commodity em 2 milhões de barris por dia (bpd).
Petróleo WTI, +0,53%, a US$ 88,92 o barril
Petróleo Brent, +0,53%, a US$ 94,92 o barril
Agenda
Ainda nesta manhã, será divulgado o dado mais importante da semana: o payroll dos EUA de setembro, com previsão de queda de 250 mil vagas em relação a agosto. Se esse dado for confirmado, a taxa de desemprego pode ficar estável em 3,7%, mesmo patamar de agosto.
Por aqui, no Brasil, no campo político, a pesquisa eleitoral da Genial/Quaest mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança da disputa pelo Palácio do Planalto, com 48% das intenções de votos totais, contra 41% do presidente Jair Bolsonaro (PL). Já no âmbito econômico, nesta manhã saem os dados de vendas no varejo de agosto, com previsão queda de 0,2%.
Redação ICL Economia
Com informações das agências