Índices futuros dos EUA operam no positivo, enquanto bolsas europeias reduzem ganhos com os dados da inflação do Reino Unido

A inflação ao consumidor do Reino Unido subiu 10,1% na base anual, impulsionada pelos preços dos alimentos, energia e transporte
19 de outubro de 2022

Enquanto os índices futuros dos EUA operam em alta nesta manhã de quarta-feira (19), na terceira alta consecutiva, as bolsas europeias estão em movimento de baixa. A dicotomia dos mercados envolve dois fatores: de um lado, o humor dos investidores tem sido dosado pelos balanços positivos divulgados recentemente, os quais indicam que as companhias e bancos têm lidado bem com a inflação em patamares altos; de outro, os dados da inflação azedaram o humor dos agentes do mercado europeu.

Na agenda de ontem (18), os resultados de Goldman Sachs e Netflix foram os destaques. Para esta quarta-feira, são aguardados pelos investidores o balanço da Tesla, além do Livro Bege e dados do setor imobiliário de setembro, que tem sentido nos últimos meses os impactos dos juros mais altos.

Embora o cenário esteja no campo mais otimista, a política monetária nos EUA continua no radar. Ontem, o dirigente do Fed Neel Kashkari disse que os juros dos EUA entre 4,5% e 4,7% ao ano não seria um teto para o aperto monetário do Fed se a inflação continuar persistente.

No velho continente, a maioria das bolsas operam perto da estabilidade, após a divulgação da inflação ao consumidor do Reino Unido, que subiu 10,1% na base anual, impulsionada pelos preços dos alimentos, energia e transporte. O resultado ficou acima dos 9,9% apurados em agosto e das expectativas de 10% para o período, o que aumenta a pressão sobre o Banco da Inglaterra (BoE).

Brasil

Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (18) em alta, em mais um dia marcado pelo bom humor nos mercados internacionais. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 1,87%, a 115.743.

Segundo analistas do mercado financeiros, os investidores seguem atentos à corrida eleitoral entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência. A última pesquisa Ipec mostrou estabilidade no cenário eleitoral, com o candidato petista liderando a corrida presidencial com 51% das intenções de votos contra 43% dos votos.

O dólar caiu 0,91% frente ao real, cotado a R$ 5,254 na compra e a R$ 5,255 na venda.

Europa

As bolsas europeias, que vinham em trajetória de alta, reverteram a tendência após os dados de inflação no Reino Unido. Nesta manhã, operam próximas à estabilidade.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,11%
DAX (Alemanha), +0,15%
CAC 40 (França), +0,63%
FTSE MIB (Itália), +0,12%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta quarta-feira (19), com os investidores mais otimistas devido aos resultados positivamente surpreendentemente positivos de empresas e bancos.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,14%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,28%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,46%

Ásia

Por sua vez, os mercados asiáticos fecharam em baixa, exceto o índice Nikkei, do Japão. O iene japonês permaneceu acima de 149 em relação ao dólar americano, com a moeda americana atingindo uma nova alta de 32 anos de 149,48 por dólar. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu cerca de 2,38%, aos 16.511 pontos.

Shanghai SE (China), -1,19%
Nikkei (Japão), +0,37%
Hang Seng Index (Hong Kong), -2,38%
Kospi (Coreia do Sul), -0,56%

Petróleo

As cotações do petróleo sobem nesta quarta, revertendo as perdas do dia anterior. Levados pelos sinais de demanda renovada na China, os investidores estão apostando outros ativos[, como commodities.

Petróleo WTI, +0,34%, a US$ 83,10 o barril
Petróleo Brent, -0,02%, a US$ 90,01 o barril

Agenda

Nos EUA, o destaque é para a divulgação do Livro Bege, relatório sobre as condições econômicas nos distritos do Fed (Federal Reserve). Também serão divulgados dados do setor imobiliário de setembro, com o consenso Refinitiv prevendo declínio em relação a agosto, para 1,478 milhões de unidades, e o balanço da Tesla.

Por aqui, no Brasil, o campo político está mais quente que o econômico, cuja agenda está esvaziada nesta quarta. A Câmara dos Deputados aprovou ontem requerimento de urgência para o Projeto de Lei 96/11, de autoria do deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR), que quer punir institutos de pesquisa.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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