No dia em que o Fed (Federal Reserve) vai divulgar a nova taxa de juros dos EUA, os índices futuros de Nova York operam em leve baixa nesta manhã de quarta-feira (14). A aposta do mercado é de que a autoridade monetária eleve o indicador em 0,50 ponto percentual, desacelerando, desse modo, o ritmo de aperto. Foram quatro altas seguidas de 75 pontos-base.
Além da última reunião do ano, ainda hoje, o presidente do banco central dos EUA, Jerome Powell, fará um discurso, com indicações do que está por por vir no próximo ano.
Ontem (13), foi divulgada a inflação ao consumidor de novembro dos EUA, que subiu menos que o esperado pelo mercado, o que pode confirmar as projeções dos agentes sobre os juros. Na base anual, o indicador ficou em 7,1% até novembro e 7,3% em 12 meses. Na medição mensal, o CPI (sigla em inglês) avançou 0,1% ante o mês de outubro. O consenso Refinitiv apontava para uma alta de 0,3% no mês.
As bolsas europeias também operam em baixa, com investidores globais digerindo novas leituras de inflação nos EUA e aguardando a decisão de política monetária do Fed.
Na Ásia, por sua vez, os mercados fecharam com alta, após as bolsas de Nova York terem registrado na véspera um segundo dia de ganhos com uma inflação ao consumidor mais baixa do que o esperado.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (13) em queda, com investidores repercutindo dados sobre a inflação norte-americana e o anúncio do primeiro nome da equipe econômica de Fernando Haddad, além de Aloizio Mercadante para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O principal índice da Bolsa brasileira recuou 1,71% , a 103.540 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, as atenções do mercado permanecem voltadas para o campo político. Investidores acompanham os primeiros passos de Fernando Haddad como futuro chefe do Ministério da Fazenda , e a indicação de Gabriel Galípolo como número 2 da pasta.
Nas negociações do dia, o dólar fechou em alta de 0,07% frente ao real, a R$ 5,314 na compra e a R$ 5,315 na venda.
Europa
As bolsas da Europa operam em baixa nesta manhã de quarta-feira, um dia após a divulgação da inflação ao consumidor americano menor que o esperado e com os investidores aguardando a nova taxa de juros dos EUA.
Na região, a inflação do Reino Unido ficou ligeiramente abaixo das expectativas, fechando em 10,7% em novembro, com o impacto reduzido dos preços dos combustíveis, apesar da alta dos preços de alimentos e energia continuar pressionando as famílias e empresas.
Nesta quinta-feira (15), serão divulgadas as decisões de política monetária do Banco da Inglaterra e do Banco Central Europeu.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,40%
DAX (Alemanha), -0,42%
CAC 40 (França), -0,38%
FTSE MIB (Itália), -0,10%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam com leve baixa nesta manhã, após inflação ao consumidor subir menos que o esperado em novembro e antes da divulgação da decisão Fed sobre a taxa de juros americana.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,01%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,06%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,09%
Ásia
As bolsas da Ásia, por sua vez, fecharam em alta hoje, após as bolsas de Nova York terem registrado na véspera um segundo dia de ganhos com uma inflação ao consumidor mais baixa do que o esperado.
Shanghai SE (China), +0,01%
Nikkei (Japão), +0,72%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,39%
Kospi (Coreia do Sul), +1,13%
Petróleo
As cotações do petróleo operam com leve baixa nesta manhã, depois que dados da indústria mostraram um grande aumento nos estoques de petróleo dos EUA, em vez do declínio previsto pelos analistas.
Petróleo WTI, -0,07%, a US$ 75,35 o barril
Petróleo Brent, -0,14%, a US$ 80,57 o barril
Agenda
O dado mais importante nesta quarta-feira (14) é a decisão do Fed (Federal Reserve) sobre as taxas de juros dos EUA. De acordo com o monitor de juros do CME Group, quase 80% do mercado aposta em uma alta de 50 pontos-base. Assim, o Fed desaceleraria o ritmo de aperto monetário, após quatro altas seguidas de 75 pontos-base.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o STF (Supremo Tribunal Federal) retoma nesta quarta-feira o julgamento sobre a constitucionalidade das emendas de relator, o chamado orçamento secreto. Este é considerado um dos principais entraves à aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição na Câmara dos Deputados. A expectativa é de que a proposta fosse votada esta semana, mas a conclusão da votação foi adiada para a próxima semana. No campo econômico, os investidores aguardam a divulgação do IBC-Br de outubro, uma espécie de prévia do PIB (Produto Interno Bruto). O consenso Refinitiv projeta alta de 0,50% no mês.
Redação ICL Economia
Com informações das agências