Índice de preços de alimentos da ONU sobe 12,6% em março e bate recorde de série histórica

O aumento foi liderado pelas altas dos subíndices de preços de óleos vegetais, cereais e carnes
8 de abril de 2022

O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) teve alta de 12,6% ante fevereiro, quando já havia atingido seu nível mais alto desde sua criação em 1990. O aumento foi liderado pelas altas dos subíndices de preços de óleos vegetais, cereais e carnes. Os subíndices de preços de açúcar e de laticínios também avançaram no último mês.

De acordo com o levantamento, os preços mundiais do trigo subiram 19,7% durante o mês, exacerbados pela preocupação com as condições da safra nos Estados Unidos da América. Enquanto isso, os preços do milho registraram um aumento de 19,1% no mês, atingindo um recorde juntamente com os da cevada e do sorgo.

O Índice de Preços de Óleo Vegetal da FAO também aumentou 23,2% ante fevereiro,  marcando um novo recorde. Os ganhos foram sustentados principalmente pelo aumento dos preços dos óleos de girassol, palma, soja e colza. A entidade explica que as cotações internacionais do óleo de girassol aumentaram substancialmente em março, impulsionadas pela redução da oferta de exportação com o conflito na Europa.

O índice de Preços da Carne também teve alta de 4,8% em março, atingindo o nível mais alto de todos os tempos, liderado pelo aumento dos preços da carne de porco relacionado ao déficit de suínos para abate na Europa Ocidental.

No que se refere ao açúcar, a FAO destaca uma alta de 6,7% desde fevereiro. A entidade explica que “os preços mais altos do petróleo foram um fator impulsionador, juntamente com a valorização cambial do real brasileiro, enquanto as perspectivas favoráveis de produção na Índia impediram aumentos mensais maiores dos preços”.

Por fim, o subíndice de preços de Laticínios também teve alta de 2,6% em relação a fevereiro, marcando o sétimo aumento mensal consecutivo. Em março, as cotações internacionais de todos os produtos lácteos representados no índice se firmaram principalmente apoiadas pelo aperto dos mercados com a produção restrita de leite na Europa Ocidental e Oceania.

Da Redação ICL Economia
Com informações do Broadcast e agências

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