Projeções de analistas indicam que, com o dólar alto, há mais pressões inflacionárias e, portanto, o ciclo de alta de juros no Brasil pode se tornar mais intenso.
Colegiado avalia que há uma assimetria altista em seu balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação.
Se confirmada a projeção, os juros avançam dos atuais 10,75% para 11,25% ao ano, um dos maiores patamares do mundo.
Empresário teria dito ao presidente do BC que os juros altos estão inibindo os investimentos e que, por conta disso, o país corre o risco de um efeito reverso.
É o primeiro ajuste para cima dos juros desde 2022. Comunicado cita "riscos de alta para o cenário inflacionário".
Para 2025, a mediana do mercado manteve a projeção de inflação, do câmbio, mas também elevou a da Selic e do PIB.
No comunicado divulgado com a decisão, o colegiado disse que “monitora com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros”.
Se mantida a taxa, o Brasil se consolida como o segundo colocado num ranking de países com o maior juro real do mundo, só perdendo para a Rússia.
Embora a expectativa seja de aumento no nível dos investimentos em relação a 2023, um cenário mais incerto com a decisão do Copom e o real mais desvalorizado fazem com que o empresariado fique mais cauteloso, segundo economista do FGV Ibre.
Os membros do colegiado afirmaram que "o cenário prospectivo de inflação se tornou mais desafiador", e por isso reafirmaram, unanimente, que devem perseguir a reancoragem das expectativas para o IPCA de 2024 e 2025.