Um conjunto de medidas econômicas para conter a inflação no país, reativar os negócios e frear a dolarização das transações locais foi divulgado no domingo (14) pelo Ministério da Economia da Argentina. Entre as decisões estão a subida das taxas de juros, a maior liberdade para o Banco Central controlar a moeda estrangeira, e a aceleração de acordos com o Fundo Monetário internacional (FMI). Mais iniciativas serão anunciadas ao longo desta semana.
Segundo o Ministério da Economia, o Banco Central aumentará “a intervenção no mercado de câmbio e administrará o ritmo do rastreamento” da desvalorização progressiva do peso argentino.
Faz parte das medidas econômicas a aceleração dos acordos com o FMI, os swaps da China (o ministro da Economia, Sergio Massa, viajará a Pequim no dia 29 de maio) e a tratativa de garantias com o bloco dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para importações e câmbio com o Brasil.
Os presidentes da Argentina e do Brasil, Alberto Fernández e Luiz Inácio Lula da Silva, iniciaram a discussão de linhas de crédito para o financiamento às exportações no começo de maio.
Medidas econômicas anunciadas incluem a redução das taxas de juro dos cartões de crédito
Haverá incentivos para sustentar o nível de consumo interno através da promoção do consumo de produtos de origem nacional, como a diminuição das taxas de juro dos cartões de crédito ou o aumento das restituições a setores considerados vulneráveis.
Integram ainda as medidas econômicas alguns incentivos para sustentar o nível de atividade econômica do país, como desoneração fiscal para pequenas e médias empresas, eliminação de tarifas e geração de regulamentos de dumping e proteção para melhorar a competitividade, além de reduzir os preços das importações de determinados produtos.
A aprovação para importação de bens de capital será acelerada e uma nova Unidade de Análise de Operações Comerciais será criada para coordenar com outras agências nacionais e responder de forma mais rápida a aumentos e variações de preços, agilizar o comércio exterior, entre outras medidas.
Redação ICL Economia
Com informações da Agência Brasil e do Estadão Conteúdo