"Milei prova que não vale a pena apostar no modelo neoliberal", avaliou economista e fundador do ICL (Instituto Conhecimento Liberta).
O resultado interrompeu um ciclo de cinco meses consecutivos de desaceleração. Quando considerado o primeiro semestre de 2024, a taxa acumulada é de 79,8%.
O resultado deixa a economia argentina em recessão técnica, o que acontece quando a atividade econômica de um país cai por dois trimestres seguidos.
O resultado da votação marca a primeira vitória legislativa do presidente de ultradireita em pouco mais de 6 meses de governo.
Muitos dos produtos estocados foram comprados pelo governo anterior, de Alberto Fernández. Empossado em dezembro, Milei não os distribuiu e ainda deixou que muitos estragassem ou perdessem a validade.
O superávit trimestral da Argentina foi de 0,2% do PIB, o que representa cerca de 275 bilhões de pesos (R$ 1,6 bilhão). É a primeira vez desde 2008 que o país registra superávit, ao preço de impingir muito sofrimento à população mais pobre.
Doutor em economia pela Unicamp, o economista argentino abordou os quatro meses do governo de Javier Milei na edição de quinta-feira (4) do ICL Mercado e Investimentos, programa diário apresentado pelos economistas do ICL Deborah Magagna e André Campedelli.