A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou aumento nas contas de luz que passa a vigorar em 1º de julho e será válido até meados de 2023. Os reajustes autorizados são para as bandeiras tarifárias – cobrança extra aplicada às contas de acordo com o custo de produção de energia no país.
Pela proposta aprovada nesta terça-feira (21), a maior alta nas contas de luz será no valor da bandeira vermelha patamar 1 (alta de 63,7%); seguida pela bandeira amarela com alta de 59,5%; e a vermelha patamar 2 que aumentará 3,2%. A bandeira verde seguirá sem cobrança.
A revisão dos valores das bandeiras nas contas de luz acontece anualmente, normalmente na metade do ano e os valores aprovados ficaram acima daqueles colocados em consulta pública. A alteração nas contas de luz foi necessária, segundo a Aneel, para inclusão de alguns parâmetros no cálculo dos valores.
Durante consulta pública sobre o aumento nas contas de luz, parte dos agentes do setor sugeriu criar um novo patamar de bandeira e uma revisão da metodologia de cálculo das bandeiras tarifárias, de modo a refletir melhor os custos do setor.
No entanto, a Aneel não acatou as sugestões, alegando que é preciso ser analisado “com parcimônia”.
Bandeira verde nas contas de luz só até as eleições?
Atualmente, a bandeira verde está em vigor na conta de luz em todo o país e a Aneel acredita que esta bandeira deverá permanecer em vigor até o final do ano devido à recuperação dos reservatórios das hidrelétricas. Mas vale lembrar que a Agência divulga mensalmente qual patamar tarifário entrará em vigor no mês seguinte de acordo com o custo para produção de energia. Os meteorologistas alertam que teremos um inverno com índices pluviométricos abaixo da média.
No Twitter, o senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP), escreveu: “Privatiza que melhora? Só se for pra eles! Menos de um mês após privatizar a Eletrobras o que aconteceu?! A conta de energia AUMENTOU em até 64%! Bolsonaro sempre contra o povo brasileiro e a favor do seu cercadinho pessoal, sugadores do povo!”
Críticos ao governo Bolsonaro apostam que a bandeira verde seguirá sem cobrança nas contas de luz só até as eleições.
Redação ICL Economia
Com informações das agências