Avaliação da economia melhora sob Lula, mas reflete ‘realidades distintas’, aponta pesquisa Quaest

Assim como subiu o percentual de brasileiros que apontam melhora na economia nos últimos 12 meses, também cresceu o daqueles que veem piora.
3 de outubro de 2024

O percentual de brasileiros que avaliam melhora na economia nos últimos 12 meses sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu de 28% (julho) para 33% na última pesquisa Quaest, divulgada ontem (2). Por outro lado, aqueles que disseram que a economia piorou no mesmo período também cresceu, de 36% para 41%.

Já para 22% dos entrevistados, a economia ficou igual no último ano. Em julho, 32% tinham essa opinião. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Apesar de todos os dados positivos da economia mostrados pelos indicadores macroeconômicos divulgados recentemente, como a taxa de desemprego no menor patamar para o trimestre encerrado em agosto desde 2012, há uma percepção dividida sobre a melhora.

“Avalio que o país esteja vivendo realidades distintas. Para uma parcela, há percepção de melhora e, para outra, de piora. É como se o governo cuidasse bem dos pobres e mal dos ricos. É uma opção política”, disse Felipe Nunes, diretor da Quaest.

A pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, ouviu 2 mil pessoas com mais de 16 anos nas quatro regiões do país entre os dias 25 e 29 de setembro. O nível de confiança é de 95%.

A percepção das realidades distintas comentada por Nunes é visível quando os entrevistados foram questionados sobre os seguintes pontos:

  • Preços dos combustíveis: o percentual dos que acham que houve alta nos preços subiu de 44% para 59% entre uma pesquisa e outra. Por sua vez, os que acreditam que os preços dos combustíveis baixaram também subiu de 11% para 17%.
  • Alimentos: nesta caso, o resultado foi oposto. O percentual dos que disseram que os preços subiram caiu de 70% para 65%, enquanto os que apontaram baixa nos valores subiu de 12% para 22%.
  • Contas de água e luz: subiu de 8% para 14% a parcela daqueles que apontam que ficaram mais baratas, e oscilação dentro da margem de erro (de 61% para 64%) entre os que acham que ficaram mais caros.

Futuro da economia sob Lula

A pesquisa Quaest mostra que os brasileiros estão mais pessimistas sobre o futuro da economia. A parcela dos que acham que vai piorar caiu de 52% para 45% e a dos que acham que vai melhorar subiu de 27% para 36%. Já os que acham que vai ficar igual permaneceu estável em 18%.

A pesquisa mostra que o trabalho do presidente Lula é aprovado por 51% dos eleitores brasileiros e reprovado por 45%. Outros 4% não sabem ou não responderam.

Entre uma pesquisa e outra, a desaprovação subiu de 43% para 45%, enquanto 4% (eram 3%) não sabem ou não responderam.

A atuação do governo foi avaliada do seguinte modo:

  • Avaliação positiva: caiu de 36% para 32%;
  • Negativa: subiu de 30% para 31%;
  • Regular: subiu de 30% para 33%;
  • Não souberam ou não responderam: 4%.

Redação ICL Economia
Com informações do g1

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