O percentual de brasileiros que avaliam melhora na economia nos últimos 12 meses sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu de 28% (julho) para 33% na última pesquisa Quaest, divulgada ontem (2). Por outro lado, aqueles que disseram que a economia piorou no mesmo período também cresceu, de 36% para 41%.
Já para 22% dos entrevistados, a economia ficou igual no último ano. Em julho, 32% tinham essa opinião. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Apesar de todos os dados positivos da economia mostrados pelos indicadores macroeconômicos divulgados recentemente, como a taxa de desemprego no menor patamar para o trimestre encerrado em agosto desde 2012, há uma percepção dividida sobre a melhora.
“Avalio que o país esteja vivendo realidades distintas. Para uma parcela, há percepção de melhora e, para outra, de piora. É como se o governo cuidasse bem dos pobres e mal dos ricos. É uma opção política”, disse Felipe Nunes, diretor da Quaest.
A pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, ouviu 2 mil pessoas com mais de 16 anos nas quatro regiões do país entre os dias 25 e 29 de setembro. O nível de confiança é de 95%.
A percepção das realidades distintas comentada por Nunes é visível quando os entrevistados foram questionados sobre os seguintes pontos:
- Preços dos combustíveis: o percentual dos que acham que houve alta nos preços subiu de 44% para 59% entre uma pesquisa e outra. Por sua vez, os que acreditam que os preços dos combustíveis baixaram também subiu de 11% para 17%.
- Alimentos: nesta caso, o resultado foi oposto. O percentual dos que disseram que os preços subiram caiu de 70% para 65%, enquanto os que apontaram baixa nos valores subiu de 12% para 22%.
- Contas de água e luz: subiu de 8% para 14% a parcela daqueles que apontam que ficaram mais baratas, e oscilação dentro da margem de erro (de 61% para 64%) entre os que acham que ficaram mais caros.
Futuro da economia sob Lula
A pesquisa Quaest mostra que os brasileiros estão mais pessimistas sobre o futuro da economia. A parcela dos que acham que vai piorar caiu de 52% para 45% e a dos que acham que vai melhorar subiu de 27% para 36%. Já os que acham que vai ficar igual permaneceu estável em 18%.
A pesquisa mostra que o trabalho do presidente Lula é aprovado por 51% dos eleitores brasileiros e reprovado por 45%. Outros 4% não sabem ou não responderam.
Entre uma pesquisa e outra, a desaprovação subiu de 43% para 45%, enquanto 4% (eram 3%) não sabem ou não responderam.
A atuação do governo foi avaliada do seguinte modo:
- Avaliação positiva: caiu de 36% para 32%;
- Negativa: subiu de 30% para 31%;
- Regular: subiu de 30% para 33%;
- Não souberam ou não responderam: 4%.
Redação ICL Economia
Com informações do g1