Balança comercial registra superávit de US$ 98,8 bi, o maior valor em 34 anos de série histórica

Comparativamente a 2022, o aumento foi de 60,6%. O presidente interino e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, atribuiu o resultado ao empenho do governo em "privilegiar mercados tradicionais, como a China", e "abrir novos mercados".
5 de janeiro de 2024

A balança comercial brasileira registrou superávit recorde de US$ 98,8 bilhões em 2023, o maior da série histórica que teve início em 1989. Comparativamente a 2022, o aumento foi de 60,6%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (5) pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).

Em 2022, o Brasil registrou superávit (exportações superam as importações) de US$ 61,5 bilhões.

Houve superavit de US$ 9,4 bilhões em dezembro, o que fez o resultado acumulado no ano subir. A alta foi de 106,5% em relação ao mês em 2022 (US$ 4,5 bilhões).

No total do ano, as exportações somaram US$ 339,7 bilhões, enquanto as importações resultaram em US$ 240,8 bilhões.

Em seu perfil oficial na rede X (antigo Twitter), o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, fez uma brincadeira com o filme 300 ao comemorar o resultado: “Nem os 300 de Esparta foram páreo para os 339 do Brasil: em 2023, o Brasil exportou US$ 339,7 bilhões, 1,7% a mais em relação a 2022, o maior valor da série histórica. Em termos de volume, foram 803 milhões de toneladas embarcadas para o exterior, 8,7% a mais que em 2022. Em um mundo em que os preços das commodities caíram, o Brasil conseguiu exportar 10x mais que a média mundial, desafiando todas as projeções. Fruto de uma política comercial consistente do governo @LulaOficial”, escreveu.

Ainda segundo Alckmin, o resultado é fruto da política do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que “privilegiou mercados tradicionais, como a China, para quem o Brasil exportou US$ 105 bilhões – outra quantia recorde de 2023 – bem como abriu novos, como Indonésia, México, Paraguai, Uruguai e Argélia”, completou.

O titular do MDIC ainda parabenizou na mensagem as “28,5 mil empresas brasileiras que exportaram em 2023 e contribuíram para que o Brasil atingisse esse recorde, gerando emprego e renda para os nossos cidadãos, pagando bons salários e empregando mão de obra qualificada”.

Balança comercial: resultado foi puxado pelo setores agropecuário e extrativista

O setor agropecuário, que respondeu por 24% do resultado, negociou US$ 81,5 bilhões em 2023, alta de 9% na comparação com 2022 (US$ 74,8 bilhões). Já a indústria extrativa vendeu US$ 78,8 bilhões em 2023, valor 3,5% superior ante 2022.

A indústria da transformação exportou US$ 177,2 bilhões no ano passado – recuo de 2,3% em relação a 2022.

Os principais destinos dos produtos brasileiros foram: China, Hong Kong e Macau (US$ 105,6 bilhões, +16,5%); Estados Unidos (US$ 36,7 bilhões, -1,5%); União Europeia (US$ 46,3 bilhões, -9,1%); Argentina (US$ 16,7 bilhões, +8,9%).

No ano, houve crescimento de 14,4% no valor exportado da soja, que atingiu US$ 53,4 bilhões. Produto da indústria extrativa, o minério de ferro teve alta de 5,5%, somando US$ 30,5 bilhões. Petróleo bruto e óleo de minerais betuminosos somaram US$ 42,5 bilhões em 2023, o que representou estabilidade.

Na indústria de transformação, a venda de açúcares e melaços ao exterior totalizou US$ 15,8 bilhões (+42,9%).

As importações retraíram 11,7% em relação a 2022, somando US$ 240,8 bilhões. No ano anterior, o valor foi de US$ 272,6 bilhões.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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