Baque com a saída de Prates do comando da Petrobras derruba o Ibovespa em 0,38%

Nas negociações do dia, o dólar acabou subindo 0,12% e fechou o dia a R$ 5,1367.
15 de maio de 2024

Não se pode dizer que o fechamento da B3 tenha sido uma surpresa, nesta quarta-feira (15). Já era sabido que a demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras ontem (14) respingaria no mercado financeiro hoje. O sinal começou a vir de fora, com a estatal perdendo valor na bolsa de Nova York.

A Petrobras é uma das empresas de mais peso no Ibovespa e, com o tombo de mais de 6% dos papéis da estatal hoje, o principal indicador da Bolsa brasileira foi junto, fechando com queda de 0,38%, aos 128.027 pontos. Nem o mercado externo, que surfou numa onda otimista, foi capaz de salvar o índice brasileiro.

Para o lugar de Prates, foi sugerida a nomeação de Magda Chambriard, que foi diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo) entre 2012 e 2016.

A repercussão da demissão de Prates acabou ofuscando a divulgação do IBC-Br pelo Banco Central, considerado um termômetro do PIB (Produto Interno Bruto).

O Índice de Atividade Econômica recuou 0,34% em março na comparação com fevereiro, queda maior que o 0,20% esperado. Contudo, o indicador acumula expansão de 1,08% no primeiro trimestre do ano.

Nas negociações do dia, o dólar acabou subindo 0,12% e fechou o dia a R$ 5,1367.

Destaques do Ibovespa

O destaque positivo do Ibovespa hoje foi a JBS (JBSS3), com alta de 8,11%, após a companhia apontar lucro líquido de R$ 1,646 bilhão no primeiro trimestre, revertendo o prejuízo líquido de R$ 1,453 bilhão registrado no igual período de 2023.

Na ponta negativa, a Petrobras (PETR3;PETR4) liderou as perdas.

Mercado externo

As bolsas de Nova York terminaram o dia em alta, com a renovação de máxima de fechamento dos índices Dow Jones, após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que subiu 0,3% ante março. O núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, também avançou 0,3% na comparação mensal.

Em termos anuais, o CPI dos EUA subiu 3,4% em abril, desacelerando frente ao aumento de 3,5% de março. Já o núcleo do CPI teve incremento anual de 3,6% no mês passado, perdendo força ante a alta de 3,8% de março.

Ainda que o CPI não seja o indicador preferido do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) para balizar a política monetária, o indicador elevou as apostas de corte nos juros norte-americanos até setembro.

O Dow Jones subiu 0,88%, aos 39.908,00 pontos; o S&P 500, +1,17%, aos 5.308,15 pontos; e o Nasdaq, +1,40%, aos 16.742,39 pontos.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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