BC eleva crescimento do PIB para 3% este ano e reduz a 17% chance de estouro da meta de inflação

Para 2024, BC reduz estimativa de expansão da economia de 1,8% para 1,7%. Mesmo assim, segue acima do projetado pelo mercado financeiro, que estima uma alta de 1,51% para o próximo ano.
21 de dezembro de 2023

O Banco Central elevou de 2,9% para 3% a estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) este ano e reduziu a 17% a chance de estouro de meta da inflação em 2023. Se a projeção for concretizada, será a primeira vez que isso ocorre em dois anos. As projeções constam no relatório de inflação do terceiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira (21).

No terceiro trimestre, o PIB do país ficou estável em 0,1%. Essa é a terceira taxa positiva seguida, após a variação de -0,1% nos últimos três meses do ano passado. Com isso, o PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, está novamente no maior patamar da série histórica e opera 7,2% acima do nível pré-pandemia, registrado no quarto trimestre de 2019. Em valores correntes, foram gerados R$ 2,741 trilhões no terceiro trimestre. De janeiro a setembro, o PIB acumulou alta de 3,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Com o aumento, a projeção do BC para o crescimento da economia brasileira neste ano passou a ficar um pouco acima da expectativa do mercado financeiro. Conforme o último Boletim Focus, do BC, os agentes do mercado preveem crescimento de 2,92% para a economia brasileira este ano.

O resultado para o PIB deste ano estimado pelo BC também representará, se confirmado, uma estabilidade em relação ao patamar do ano passado – quando a expansão foi de 3%.

Para 2024, o BC reduziu a estimativa de expansão da economia de 1,8% para 1,7%. Mesmo assim, segue acima do projetado pelo mercado financeiro no Boletim Focus, com estimativa de alta de 1,51% para o próximo ano.

Banco Central reduz estimativa de inflação de 5% para 4,6% este ano

De acordo com o relatório do BC, a projeção para a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), caiu de 5% para 4,6% este ano, um pouco acima do que prevê os agentes do mercado financeiro (4,49%).

“Em termos de probabilidades estimadas de a inflação ultrapassar os limites do intervalo de tolerância, destaca-se, no cenário de referência, a redução significativa da probabilidade de a inflação ficar acima do limite superior da meta para 2023 (4,75%) que passou de cerca de 67% no Relatório anterior para 17% neste Relatório”, informou o BC no documento.

Se confirmada a projeção, a meta voltará a ser atingida em 2023 após dois anos de estouro.

O CMN (Conselho Monetário Nacional) definiu a meta de inflação para este ano em 3,25% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Para 2024, a projeção do BC para o IPCA foi mantida em 3,5% no documento divulgado hoje. A meta de inflação do próximo ano é de 3%, e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Por sua vez, para 2025, a estimativa de inflação do BC subiu de 3,1% para 3,2%. Para aquele ano, a meta de inflação é de 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Para o último ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 2026, a estimativa para o IPCA é de 3,2%, ano em que a meta de inflação foi também definida em 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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