O Boletim Focus divulgado pelo Banco Central, nesta manhã de segunda-feira (23), mostra que o mercado financeiro elevou a projeção de inflação, da taxa básica de juros (Selic) e do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano.
O documento é o primeiro após a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, que elevou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano, na semana passada.
A mediana dos mais de cem analistas consultados para a publicação aponta as seguintes projeções para este ano:
- Inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo): passou de 4,35% para 4,37%;
- Crescimento do PIB: subiu de 2,96% para 3,00%;
- Taxa básica de juros: de 11,25% para 11,50%.
Apesar da alta na projeção da inflação, se concretizada ela ainda permanece abaixo do teto da meta de inflação prevista pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). O centro da meta para este e para o próximo ano é de 3%, podendo oscilar entre 1,5% (piso) e 4,5% (teto).
Em relação ao PIB, ao subir a projeção para este ano, o cálculo do mercado se aproxima do que foi divulgado pelo Ministério da Fazenda, que espera que a economia brasileira cresça 3,2% este ano após o avanço de 1,4% do PIB no segundo trimestre.
A mediana das projeções para 2025 para os indicadores acima ficaram do seguinte modo:
- Inflação: passou 3,95% para 3,97%;
- PIB: foi mantida em 1,90%
- Taxa Selic: foi mantida em 10,50%.
Para definir a taxa básica de juros, a Selic, e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem, e também em 12 meses até meados de 2026.
Veja outras projeções contidas no Boletim Focus
Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 permaneceu em R$ 5,40. Para o fim de 2025, a estimativa também permaneceu em R$ 5,35.
Balança comercial: a mediana da projeção para o superávit da balança comercial (resultado das exportações menos as importações) caiu US$ 82,9 bilhões para US$ 81 bilhões em 2024, enquanto recuou de US$ 77,7 bilhões para US$ 76,3 bilhões no ano que vem.
Investimento estrangeiro direto: a previsão do relatório para este ano permaneceu estável em US$ 70,8 bilhões de ingresso. Para 2025, caiu de US$ 73,5 bilhões para US$ 73 bilhões.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias