A mediana dos analistas consultados para o Boletim Focus do Banco Central aponta para elevação da inflação, do PIB (Produto Interno Bruto) e do dólar para este ano. Os dados foram divulgados na manhã desta segunda-feira (2) pelo BC.
Para 2024, a previsão de inflação avançou pela sétima semana seguida, desta vez, de forma leve, passando de 4,25% para 4,26%.
Por outro lado, a mediana dos cerca de 150 analistas consultados reduziu a expectativa de inflação para o ano que vem, de 3,93% para 3,92%.
Com isso, as projeções ainda se mantêm, tanto neste quanto no próximo ano, dentro da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).
A meta central de inflação é de 3% neste e no próximo ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano.
A prévia da inflação de agosto ficou em 0,19%, após taxa de 0,30% registrada em julho. O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), divulgado na semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aponta ainda que, nos últimos 12 meses, a variação do indicador foi de 4,35%, abaixo dos 4,45% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2023, a taxa foi de 0,28%.
Previsão para o PIB subiu para 2,46%, aponta Boletim Focus. Selic é mantida em 10,50%
Para o crescimento do PIB em 2024, a projeção do mercado subiu de 2,43% para 2,46%. Já para 2025, a mediana do mercado reduziu a projeção para o crescimento da economia de 1,86% para 1,85%.
Em relação à taxa básica de juros (Selic), a mediana dos analistas consultados para a publicação do BC manteve a estimativa nos atuais 10,50% ao ano, ou seja, o mercado não projeta mais cortes nos juros este ano.
Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou a indicação do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, para assumir a presidência do Banco Central, a partir de janeiro de 2025, no lugar de Roberto Campos Neto. O mercado não prevê mudanças de rota muito bruscas na condução da política monetária com Galípolo à frente da autoridade monetária.
Para o fim de 2025, o mercado financeiro também manteve a estimativa para a Selic estável 10% ao ano.
Para o dólar, a projeção para o fim de 2024 teve leve alta de R$ 5,32 para R$ 5,33. Para o fim de 2025, a estimativa permaneceu em R$ 5,30.
O superávit da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) permaneceu em US$ 83,5 bilhões em 2024, enquanto caiu de US$ 79,5 bilhões para US$ 79 bilhões em 2025.
O ingresso de investimento estrangeiro direto, por sua vez, avançou de US$ 70,3 bilhões para US$ 71 bilhões este ano, e também subiu de US$ 72 bilhões para US$ 73 bilhões no ano que vem.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias