Os mais de cem analistas do mercado financeiro consultados para o Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta manhã de terça-feira (2), projetam inflação de 3,9%, crescimento econômico de 1,52% e taxa básica de juros (Selic) de 9% ao ano.
As projeções indicam estabilidade em relação à edição anterior do relatório, divulgada na semana passada. A única variação foi na previsão de inflação, que caiu de 3,91% para 3,90%.
Em relação a 2023, o mercado voltou a estimar que a inflação oficial consolidada, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), será de 4,46%. O resultado consolidado será divulgado nas próximas semanas.
Se a previsão se confirmar, a inflação ficará abaixo do teto da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), de 4,75%), pela primeira vez após dois anos de estouro da meta. Em 2021, o IPCA somou 10,06%. E, em 2022, a inflação somou 5,79%.
Para 2024, a meta de inflação definida pelo colegiado é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Ou seja: a previsão de 3,9% feita pelos especialistas está dentro da meta, mas mais próxima do teto que do piso.
Boletim Focus: mercado mantém projeção de crescimento do PIB de 1,52% e Selic a 9% ao ano
O mercado financeiro estima que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil vai crescer 1,52% em 2024. O governo trabalha com uma previsão maior, de 2,3%.
Em relação ao fechamento do PIB de 2023, o mercado financeiro manteve a projeção de crescimento em 2,92%. Esse resultado final deve ser divulgado pelo governo nos próximos meses.
Sobre a taxa básica de juros (Selic), os economistas do mercado financeiro reduziram de 9,25% para 9% ao ano em 2024. Atualmente, a taxa Selic está em 11,75% ao ano, após quatro reduções seguidas promovidas pelo Banco Central.
Em relação ao dólar, a projeção do mercado para o fim de 2023 recuou de R$ 4,93 para R$ 4,90. Para o fim de 2024, a estimativa ficou estável em R$ 5.
A expectativa de superávit (exportações menos importações) da balança comercial subiu de R$ 79,8 bilhões para US$ 81,4 bilhões em 2023. Para 2024, a expectativa para o saldo positivo avançou de US$ 69 bilhões para US$ 71 bilhões.
Em relação ao investimento estrangeiro direto, a previsão do relatório recuou de US$ 60,3 bilhões para US$ 60 bilhões de ingresso este ano e, para 2024, também caiu de US$ 70 bilhões para US$ 65 bilhões.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias