Pela segunda semana seguida, o mercado financeiro reduziu a estimativa de inflação para 2024. A previsão atual, conforme mostra o Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (22), é de que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) feche o ano com alta de 3,86%, ante 3,87% projetados na edição anterior do relatório.
Isso significa que os mais de cem analistas consultados para a publicação preveem que a inflação oficial este ano ficará dentro da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).
Para 2024, o centro da meta de inflação foi fixado em 3%, podendo variar entre 1,5% e 4,5%. Ou seja, a projeção do mercado está dentro da meta.
Se isso acontecer, será o segundo ano consecutivo que a inflação ficará dentro da meta estabelecida pelo CMN. Em 2023, após dois anos fora, a inflação oficial ficou abaixo do teto da meta.
No boletim divulgado hoje, o mercado financeiro também reduziu a projeção para encerramento do dólar, de R$ 5 para R$ 4,92.
Boletim Focus: mercado prevê PIB um pouco maior em relação à semana anterior
Para a taxa básica de juros (Selic), o mercado financeiro manteve suas projeções, em 9% no encerramento deste ano e em 8,5% na semana passada.
A taxa Selic, atualmente em 11,75% ano ano, é o principal instrumento do Banco Central para perseguir a meta de inflação.
Em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), o mercado espera um crescimento de 1,6% em 2024, ante 1,59% na edição anterior do relatório.
Sobre a balança comercial, os analistas consultados esperam que o superávit (exportações menos importações) termine em US$ 76,9 bilhões em 2024. A projeção do governo é de US$ 94,4 bilhões, pouco abaixo do valor recorde registrado em 2023, de US$ 98 bilhões.
Para o ingresso de investimento estrangeiro direto no Brasil, a previsão do mercado financeiro é de que o valor atinja US$ 65 bilhões este ano, montante estável em relação à edição anterior do relatório.
Para a dívida líquida do setor público em relação ao PIB, a projeção anterior estava em 63,8% do PIB, menor que os 64,25% das últimas divulgações.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias