Na esteira dos bons resultados do mercado de trabalho dos EUA, bolsas da Europa e índices futuros operam em alta nesta manhã

Com mercado de trabalho norte-americano resiliente, expectativa é de que o Fed continue subindo as taxas de juros
8 de agosto de 2022

Enquanto os mercados asiáticos fecharam nesta segunda-feira (8) sem direção certa, as bolsas da Europa e os índices futuros dos Estados Unidos operam em alta nesta manhã, após a divulgação do relatório payroll na última sexta-feira (5), que mostra um mercado de trabalho aquecido nos EUA. Por essa razão, subiram as apostas de que o Fed (Federal Reserve) continuará subindo os juros da economia americana para controlar a inflação galopante, pois o mercado de trabalho, que criou meio milhão de vagas no mês passado, mostra-se resiliente.

Soma-se a isso a temporada de resultados corporativos acima do esperado até o momento, que ajudaram as bolsas americanas a completarem três semanas seguidas de alta, uma vez que os dados positivos contribuem para afastar o fantasma de uma possível recessão econômica.

Além disso, a semana reserva notícias relevantes para o setor econômico americano. Na quarta-feira (10), será divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA, que dará aos investidores uma perspectiva sobre os próximos passos do Fed. Acredita-se que a autoridade monetária americana elevará a taxa de juros da maior economia do mundo em 0,75 ponto percentual em setembro, o terceiro aumento consecutivo dessa magnitude.

A expectativa é de que o CPI caia para 8,7% em julho, ante os 9,1% apontados em junho, o maior índice em 40 anos.

Brasil

Na sexta-feira passada (5), o Ibovespa fechou o pregão em alta após a divulgação dos dados de desemprego dos EUA em julho. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,55%, aos 106.472 pontos, renovando a maior pontuação desde 9 de junho (107.094 pontos). Com alta de 3,21% na semana, o Ibovespa colheu seu terceiro ganho semanal consecutivo.

O relatório payroll mostra que o mercado de trabalho norte-americano segue firme e forte, com mais de meio milhão de novas vagas criadas no mês passado, o que aumentou as apostas de nova rodada de alta dos juros por parte do Fed (Federal Reserve).

Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores permanecem atentos à trajetória de alta dos juros nos EUA e nas grandes economias diante da disparada da inflação, o que tem provocado temores de uma recessão global.

Por sua vez, o dólar comercial caiu 1,03%, cotado a R$ 5,166 na compra e a R$ 5,167 na venda.

Europa

Na Europa, os mercados também operam em alta nesta segunda-feira, em um dia de agenda esvaziada por lá e com os investidores de olho em lucros corporativos e nos principais dados econômicos, avaliando o risco de recessão.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,42%

DAX (Alemanha), +0,44%

CAC 40 (França), +0,52%

FTSE MIB (Itália), +0,18%

Estados Unidos

Pela terceira semana seguida, os índices futuros dos EUA seguem com ganhos nesta segunda-feira (8), com os investidores atentos a divulgação do CPI na próxima quarta-feira (10).

Os dados da inflação ampliarão a visão dos investidores sobre o próximo passo do Fed (banco central dos EUA) em sua reunião de setembro. Os traders agora estão precificando uma probabilidade maior de um aumento de 0,75 ponto percentual da taxa básica de juros americana no próximo mês, o que seria o terceiro aumento consecutivo dessa magnitude.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,20%

S&P 500 Futuro (EUA), +0,27%

Nasdaq Futuro (EUA), +0,48%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam esta manhã sem rumo certo. Os papéis de tecnologia de Hong Kong puxaram o índice mais amplo para baixo hoje. Enquanto isso, a China divulgou dados comerciais de julho no fim de semana, os quais mostraram que as exportações denominadas em dólar cresceram 18% em comparação com um ano atrás, desempenho acima das expectativas de analistas.

Shanghai SE (China), +0,31%

Nikkei (Japão), +0,26%

Hang Seng Index (Hong Kong), -0,77%

Kospi (Coreia do Sul), +0,09%

Petróleo

As cotações do petróleo operam com recuo nesta segunda-feira, próximas das mínimas de meses. O fato é que os temores de recessão prejudicaram as perspectivas de demanda. Por outro lado, os dados apontaram para uma lenta recuperação nas importações de petróleo da China no mês passado.

Petróleo WTI, -0,78%, a US$ 88,32 o barril

Petróleo Brent, -0,75%, a US$ 94,21 o barril

Agenda

Esta semana os investidores estarão de olho nos dados de atividade e inflação nos EUA, China e Europa. Na quarta-feira (10), será divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA. O consenso Refinitiv projeta avanço de 0,2% no CPI em julho, na comparação com junho.

Na quinta-feira (11), será a vez da divulgação do índice de preços ao produtor (PPI), e a média das projeções do mercado aponta para uma alta mensal de 0,3% em julho na comparação junho.

Na Ásia, os índices de preços da China e no Japão saem na terça-feira (9) à noite. Na Europa, os dados estão concentrados na reta final da semana, com PIB do Reino Unido e produção industrial da zona do euro previstos para sexta-feira (12).

Por aqui, no Brasil, a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) será divulgada na terça-feira (9), antes da abertura da bolsa. Também amanhã será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de julho. A expectativa do mercado é de uma deflação de 0,61%, levando a taxa anual para 10,1% (de 11,9% em junho).

Redação ICL Economia
Com informações das agências

 

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