Bolsas globais sobem depois de anúncio do Fomc

Bolsas globais em alta, com índices futuros dos Estados Unidos registrando ganhos nesta quinta-feira (21), seguindo a tendência positiva observada ontem. Isso ocorre após o Federal Reserve (Fed) decidir manter inalterada a taxa de juros, conforme anunciado ontem, e reafirmar a possibilidade de três cortes de juros ao longo deste ano. Esta postura reforça a expectativa de que o primeiro corte poderá ocorrer em junho. A reação considerada mais “dovish” (branda) do Fed em relação ao esperado impulsionou Wall Street a atingir novos recordes de fechamento ontem.

No Brasil, após uma redução acumulada de 3 pontos percentuais na taxa Selic desde agosto, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu revisar sua sinalização em relação aos próximos passos de flexibilização monetária. No comunicado divulgado na última quarta-feira (20), o BC anunciou o compromisso de realizar apenas mais um corte na Selic, desta vez de 0,50 ponto percentual. Os investidores estão atentos aos números da arrecadação federal de fevereiro e aos dados do fluxo cambial semanal.

Brasil

A ‘Super Quarta’ trouxe o otimismo de volta aos mercados na quarta-feira (20). Isso porque, muito mais do que a decisão de manter os juros inalterados pela quinta vez seguida, o Fed (Federal Reserve) sinalizou três cortes nas taxas este ano, o que agradou aos investidores.

No embalo do otimismo, o Ibovespa fechou o dia com alta de 1,25%, aos 129.124 pontos. Por sua vez, o dólar retornou ao nível abaixo de R$ 5. A moeda norte-americana terminou o dia a R$ 4,9744, com baixa de 1,10% no mercado à vista.

Estado Unidos

Os mercados americanos continuam em alta impulsionados pelas indicações do Fed. Hoje, os investidores estarão focados nos dados sobre os pedidos de subsídio de desemprego e nas condições atuais de vendas de casas, ambos programados para serem divulgados nesta manhã de quinta-feira. Além disso, estão aguardando os resultados da Darden, rede de restaurantes, antes da abertura do mercado, seguidos pelos resultados da FedEx e Nike após o fechamento do mercado. Vale destacar também a participação do vice-presidente de supervisão do Fed, Michael Barr, em um evento hoje.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Dow Jones Futuro: +0,26%

S&P 500 Futuro: +0,37%

Nasdaq Futuro: +0,69%

Ásia

Os mercados de ações da Ásia e do Pacífico encerraram principalmente em território positivo nesta quinta-feira, após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) reiterar sua projeção de três cortes de juros este ano e manter suas taxas inalteradas. Após o feriado no Japão, o índice Nikkei subiu 2,03% em Tóquio, alcançando uma nova máxima histórica de 40.815,66 pontos. Enquanto isso, o Kospi sul-coreano avançou 2,41% em Seul, atingindo 2.754,86 pontos, o Hang Seng subiu 1,93% em Hong Kong, alcançando 16.863,10 pontos, e o Taiex registrou um ganho de 2,10% em Taiwan, atingindo 20.199,09 pontos.

Shanghai SE (China), -0,08%

Nikkei (Japão): +2,03%

Hang Seng Index (Hong Kong): +1,93%

Kospi (Coreia do Sul): +2,41%

ASX 200 (Austrália): +1,12%

Europa

Os mercados europeus estão registrando ganhos, com os investidores da região monitorando as últimas decisões de política monetária do Banco da Inglaterra, do Norges Bank e do Swiss National Bank. O Banco Nacional Suíço surpreendeu o mercado ao anunciar uma redução de 0,25 ponto percentual em sua taxa de juros, para 1,5%, citando a expectativa de que a inflação nacional permanecerá abaixo de 2% em um futuro próximo.

Prevê-se que o Banco da Inglaterra mantenha as taxas de juros inalteradas em 5,25% em sua reunião no final da sessão, porém os economistas estarão atentos a sinais sobre a possibilidade do primeiro corte nas taxas.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,90%

DAX (Alemanha): +0,49%

CAC 40 (França): +0,11%

FTSE MIB (Itália): +0,28%

STOXX 600: +0,59%

Petróleo

Os preços do petróleo estão registrando uma leve queda, devido a indícios de que o Fed pode optar por manter as taxas de juros mais altas por um período prolongado, o que prejudica as perspectivas para a demanda futura por combustíveis.