Os índices futuros de Nova York e as bolsas internacionais operam em baixa nesta manhã de segunda-feira (26), em uma espécie de ressaca depois da elevação das taxas de juros e disparada do dólar na semana passada. No mesmo caminho fecharam as bolsas asiáticas.
Embora a agenda econômica esteja esvaziada nesta segunda-feira, os investidores americanos estão antecipando a divulgação de dados de gastos de consumo pessoal (PCE), na sexta-feira (30), o principal termômetro do Fed (Federal Reserve) para a definição da taxa básica de juros. Bens duráveis e números de confiança do consumidor também serão divulgados esta semana.
Além disso, os investidores estão de olho nos discursos de diversos dirigentes do Fed e do presidente da autoridade monetária americana, Jerome Powell. Ele participará, por vídeo, da abertura de uma conferência realizada em St. Louis.
A fala de Powell poderá dar indicações sobre os próximos passos da política monetária dos EUA, sinalizando se a austeridade fiscal permanecerá ou não.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (23) em forte queda, em dia marcado pelas perdas nas negociações dos mercados externos. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 2,06%, a 111.716 pontos.
As perdas mais significativas do Ibovespa ocorreram na Petrobras, que recuou mais de 7%. A Vale e o Bradesco caíram mais de 2%, enquanto o Banco do Brasil e o Itaú tiveram queda acima de 1%.
Segundo analistas do mercado financeiro, as ações da Petrobras foram impactadas por fatores como a disparada do dólar e a queda na cotação das commodities, incluindo o barril do petróleo – resultado dos temores de recessão global, em meio a indicadores negativos na Europa.
Nas negociações do dia, o dólar fechou em alta de 2,62%, cotado a R$ 5,248 na compra e R$ 5,249 na venda.
Europa
Os mercados europeus operam mistos nesta segunda-feira. Os investidores ainda estão digerindo as recentes decisões das taxas de juros e acompanham com cuidado os sinais de deterioração econômica na região, com inflação alta.
O campo político também preocupa os investidores europeus. Ontem (25), a Itália realizou uma eleição antecipada. O país está a caminho de eleger sua primeira primeira-ministra e o primeiro governo liderado pela extrema-direita desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,21%
DAX (Alemanha), +0,15%
CAC 40 (França), +0,32%
FTSE MIB (Itália), +1,06%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã. Os investidores ainda digerem os sinais de que o Fed manterá seu plano de aumento mais austero das taxas para domar a inflação. Na conclusão da reunião do Fomc, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que o banco central poderia aumentar as taxas em até 4,6% antes de recuar.
Os rendimentos do Tesouro dos EUA de dois anos subiram ainda mais para 4,3%, depois de atingir novos máximos de 15 anos no final da semana passada, após o último aumento da taxa do Fed.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,48%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,48%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,28%
Ásia
Já os mercados asiáticos fecharam em forte baixa esta manhã, também como consequência dos acontecimentos econômicos da semana passada. Na Índia, o comitê de política monetária do Banco Central está programado para se reunir no final desta semana, e a China deve divulgar dados sobre a atividade fabril no final da semana.
Shanghai SE (China), -1,20%
Nikkei (Japão), -2,66%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,44%
Kospi (Coreia do Sul), -3,02%
Petróleo
As cotações do petróleo caem no mercado internacional nesta segunda-feira, com os temores de recessão pesando e o dólar avançando. Na sexta-feira passada, os contratos futuros de Brent e WTI recuaram cerca de 5%, atingindo seu nível mais baixo desde janeiro.
Petróleo WTI, -0,50%, a US$ 78,35 o barril
Petróleo Brent, -0,51%, a US$ 85,71 o barril
Agenda
A semana começa com poucos indicadores de destaque na agenda econômica. Nos Estados Unidos, sai o Índice de atividade industrial nos Estados Unidos.
Por aqui, no Brasil, no campo político, reta final da campanha às eleições 2022. No campo econômico, saem os dados do IPC-S semanal, o Boletim Focus semanal e as transações correntes de agosto.
Redação ICL Economia
Com informações das agências