As bolsas mundiais e os índices futuros de Nova York operam em alta nesta manhã de terça-feira (18), com os investidores repercutindo os resultados corporativos melhores do que o esperado pelo mercado americano e a reviravolta fiscal no Reino Unido. Havia uma expectativa de que as empresas poderiam ter sentido o baque da inflação dos EUA, que permanece em patamares altos.
Ontem (17), o Bank of America divulgou seu balanço trimestral, apontando lucro e receita acima das projeções. Hoje sairá o resultado do Goldman Sachs e também da Netflix.
Outro aspecto é que, depois das questões fiscais do Reino Unido, que levaram Kwasi Kwarteng a deixar o cargo de ministro das Finanças recentemente, agora, o novo ministro Jeremy Hunt tenta recuperar a credibilidade ao reverter o plano econômico da primeira-ministra Liz Truss, cuja permanência no governo é cada vez mais duvidosa. Com as mudanças, a libra esterlina subiu e os rendimentos dos títulos recuaram.
Já na Ásia, a maioria das bolsas também fechou em alta. Além dos dados econômicos dos EUA, pesou a decisão do governo chinês de adiar a publicação de uma série dados econômicos, incluindo o (PIB) (Produto Interno Bruto). A medida incomum ocorre quando o Partido Comunista da China realiza seu 20º Congresso Nacional.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (17) em alta, em meio à valorização das ações da Petrobras e da Vale. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 1,38%, a 113.624 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, o Ibovespa também avançou impulsionado pelos índices americanos e pela redução na expectativa de inflação brasileira mostrada pelo boletim Focus do Banco Central.
O mercado reduziu de 5,71% para 5,62% a estimativa de inflação para este ano – 16ª queda seguida da estimativa. Os economistas elevaram ainda de 2,70% para 2,71% a previsão de alta do PIB em 2022.
O dólar recuou 0,37% frente ao real nas negociações do dia, cotado a R$ 5,302 na compra e a R$ 5,303 na venda.
Europa
As bolsas europeias operam em trajetória de alta nesta manhã, repercutindo os impactos das mudanças fiscais do Reino Unido, promovidas na segunda-feira pelo novo ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt.
FTSE 100 (Reino Unido), +1,21%
DAX (Alemanha), +1,43%
CAC 40 (França), +1,02%
FTSE MIB (Itália), +1,65%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta manhã, ampliando os ganhos registrados no mercado a vista na véspera. Os investidores tiveram uma injeção de ânimo após a divulgação dos resultados corporativos acima do esperado.
Dow Jones Futuro (EUA), +1,24%
S&P 500 Futuro (EUA), +1,50%
Nasdaq Futuro (EUA), +1,66%
Ásia
A maioria dos mercados asiáticos também fechou em alta, com exceção de Shanghai, acompanhando o desempenho positivo registrado nos mercados americanos na véspera.
Shanghai SE (China), -0,13%
Nikkei (Japão), +1,42%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,82%
Kospi (Coreia do Sul), +1,36%
Petróleo
Por outro lado, as cotações do petróleo têm leve baixa nesta manhã, após abrirem em alta. A mudança reflete o enfraquecimento do dólar.
Petróleo WTI, -0,59%, a US$ 84,99 o barril
Petróleo Brent, -0,53%, a US$ 91,13 o barril
Agenda
Nos EUA, serão divulgados dados da Produção Industrial, Índice do Mercado Imobiliário NAHB e também novos balanços de corporações.
Por aqui, no Brasil, no campo político, pesquisa Ipec mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 54% dos votos válidos e o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 46% para o segundo turno, que acontece no próximo dia 30. No campo econômico, será divulgado o IGP-10 de outubro, com consenso Refinitiv aponta para queda de 1,08% na base anual.
Redação ICL Economia
Com informações das agências