As bolsas mundiais começam a semana operando no positivo, assim como os índices futuros de Nova York. O movimento reflete a expectativa dos investidores, que aguardam uma série de indicadores importantes ao longo da semana. Nos EUA, serão divulgados resultados corporativos do terceiro trimestre deste ano, o que dará um indicativo de como as empresas estão sentindo os efeitos inflacionários em seus negócios. Os agentes também aguardam dados importantes vindos da economia chinesa.
Nesta manhã de segunda-feira, saem os dados de atividade industrial Empire State, da indústria de Nova York.
Enquanto isso, na Europa, as bolsas da região também operam positivamente nesta manhã, com investidores aguardando uma declaração fiscal do novo ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt.
Por sua vez, os mercados da Ásia fecharam mistos, pois há preocupação dos investidores de que uma recessão pode ocorrer mundialmente, o que forçará os países a adotarem políticas monetárias mais apertadas.
Na China, será divulgado nesta noite o PIB (Produto Interno Bruto). Além disso, as atenções ainda se voltam para o Congresso do Partido Comunista Chinês. Os analistas avaliam o impacto do discurso do presidente da China, Xi Jinping, para a economia global. Ele reforçou a recente mudança do país do rápido crescimento e maior foco na autossuficiência nacional, especialmente em tecnologia, em meio à tensão com os EUA no mercado de chips.
Já no Reino Unido, depois de ter demitido o ministro da economia e retrocedido de seu controverso plano fiscal, há expectativas de que a primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, continue buscando apoio para se manter no cargo.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (14) em queda, acompanhando a piora nas bolsas de Nova York. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 1,95%, a 112.072, impactado principalmente pela queda da Vale, com perdas acima de 3%. A Petrobras também puxou o índice para baixo, com redução de quase 2%.
Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores estão avaliando os dados sobre a inflação nos Estados Unidos, divulgados na sexta-feira cedo, que mostraram que os preços subiram 8,2% no acumulado em 12 meses até setembro. Para os economistas, os dados indicam que a alta dos juros nos EUA deve continuar.
O dólar ganhou 0,94% na sexta-feira, cotado a R$ 5,322 na compra e a R$ 5,323 na venda, sendo que na semana a alta acumulada foi de 2,1%.
Europa
Os mercados europeus operam em alta, enquanto Reino Unido aguarda uma declaração oficial de seu novo ministro das Finanças, Jeremy Hunt. Na sexta-feira passada, Kwasi Kwarteng, ministro das Finanças do Reino Unido, não resistiu à crise e foi demitido, 45 dias após assumir o cargo. Devido à troca no comando das Finanças, a libra subiu cerca de 0,8% em relação ao dólar.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,50%
DAX (Alemanha), +0,43%
CAC 40 (França), +0,39%
FTSE MIB (Itália), +0,39%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta manhã de segunda-feira depois de uma semana tumultuada, enquanto investidores aguardam por mais resultados corporativos. Na lista de divulgação de balanços ao longo da semana estão BofA, Netflix, Goldman Sachs, IBM e Tesla, além do livro Bege na quarta-feira.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,74%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,90%
Nasdaq Futuro (EUA), +1,10%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam mistos no pregão desta segunda-feira, à medida que temores de recessão pesaram sobre os principais índices da região. Para esta semana, vários países da região devem divulgar dados de inflação, enquanto a Austrália divulgará estatísticas de desemprego e a China anunciará sua decisão sobre a taxa básica de empréstimos.
Shanghai SE (China), +0,42%
Nikkei (Japão), -1,16%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,15%
Kospi (Coreia do Sul), +0,32%
Petróleo
As cotações do petróleo sobem nesta segunda-feira. Os agentes do mercado aguardam dados da China para avaliar a demanda da commodity no maior importador de petróleo bruto do mundo.
Petróleo WTI, +0,13%, a US$ 85,72 o barril
Petróleo Brent, +0,19%, a US$ 91,80 o barril
Agenda
Hoje, nenhum dado relevante será divulgado hoje nos EUA. Mas, na Ásia, saem os dados do PIB chinês. No entanto, ao longo da semana a agenda está lotada de vários indicadores importantes. Nos EUA, a temporada de resultados trimestrais ganha força e os investidores seguem atentos a qualquer novo sinal de aumento de inflação, aperto monetário e de desaceleração econômica.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) realizaram ontem (16) o primeiro debate do segundo turno, com ambos os candidatos concentrando esforços em batalha de rejeição e deixaram propostas para o país em segundo plano. No campo econômico, sai nesta segunda-feira o Índice IPC-S semanal, o Boletim Focus e o IBC-Br de agosto, consenso Refinitiv aponta para queda mensal de 0,50%, mas alta de 5,40% na base anual.
Redação ICL Economia
Com informações das agências