Bolsas mundiais e índices futuros operam sem direção definida em semana marcada por decisão de juros nos EUA e no Brasil

Por aqui, a expectativa é que o Copom (Comitê de Política Monetária) mantenha a Selic em 13,75% ao ano, em meio a críticas reiteradas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
2 de maio de 2023

As bolsas mundiais e os índices futuros dos Estados Unidos começam esta manhã de segunda-feira (2) operando sem direção definida, em uma semana marcada pela decisão da taxa de juros nos Estados Unidos e, também, no Brasil.

Além disso, outra notícia que trouxe apreensão aos mercados foi a compra do First Republic Bank pelo J.P. Morgan, em uma demonstração de que a crise bancária nos Estados Unidos ainda não acabou e pode guiar os próximos passos da política monetária pelo Fed (Federal Reserve). A aquisição foi organizada pelos reguladores bancários dos EUA e envolveu uma disputa entre potenciais compradores.

Desde o início da crise, em março, com o colapso do SVB (Sillicon Valley Bank), há um sentimento de insegurança espraiado em bancos de médio e pequeno porte, cujos clientes têm realizado saques constantes.

Voltando aos juros, amanhã (3), o Fed vai divulgar o seu comunicado, que deve trazer uma nova alta dos juros. As apostas são de que a autoridade monetária eleve os juros em 0,25 ponto percentual.

No Brasil, a expectativa é que o Copom (Comitê de Política Monetária) mantenha a Selic em 13,75% ao ano, em meio a críticas reiteradas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como aconteceu em seu discurso no 1º de Maio, em São Paulo, em atividade organizada por centrais e sindicatos.

Brasil

Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (28) em alta com investidores repercutindo os dados da inflação dos Estados Unidos e monitoram indicadores econômicos na agenda local. O principal índice da Bolsa brasileira avançou 1,47%, aos 104.431 pontos. Na semana, o Ibovespa recuou 1,38% e no mês teve ganhos de 1,02%.

Segundo analistas do mercado financeiros, os investidores repercutiram a taxa de desemprego no país, que subiu para 8,8% no trimestre móvel terminado em março, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nas negociações do dia, o dólar fechou em alta de 0.14% frente ao real, cotado a R$ 4,98. No mês, a divisa teve  queda de 1,59%.

Europa

As bolsas da Europa operam sem direção definida nesta manhã de segunda-feira, com os investidores aguardando o início da reunião do Fed, o banco central dos EUA.

Das notícias da região, o índice de preços ao consumidor da zona do euro subiu para 7% em abril. Por sua vez, do lado corporativo, as ações da BP caíram 5% enquanto os traders digeriam o resultado do primeiro trimestre da gigante de energia.

Os lucros do primeiro trimestre foram melhores do que o esperado, mas não alcançaram os níveis excepcionais alcançados em 2022, já que os preços do petróleo e do gás flutuaram em resposta à invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia.

FTSE 100 (Reino Unido), 0,00%
DAX (Alemanha), -0,33%
CAC 40 (França), -0,43%
FTSE MIB (Itália), +0,17%
STOXX 600, -0,33%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam mistos nesta manhã, após queda da sessão passada, quando o JPMorgan anunciou compra de ativos do First Republic Bank. Além disso, os investidores estão na expectativa do início da reunião do Fed amanhã.

Em outra frente, também estão no radar dos mercados as notícias sobre o teto da dívida. Ontem (1º), a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse que o país pode deixar de pagar suas dívidas até 1º de junho, em carta enviada ao presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy.

Ela enfatizou que o governo não conseguirá cumprir seus compromissos “se o Congresso não aumentar ou suspender o limite da dívida antes dessa data”.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,13%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,08%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,09%

Ásia

A maioria das bolsas da Ásia fechou em alta, exceto a da Austrália, onde o Reserve Bank of Australia elevou sua meta de taxa de caixa em 25 pontos base para 3,85%, afirmando que a inflação no país “ainda está muito alta”.

Por sua vez, Hong Kong registrou um crescimento econômico de 2,7% no primeiro trimestre. De modo geral, a economia contraiu 4,2% no último trimestre de 2022 em relação ao ano anterior.

Shanghai SE (China), +1,14%
Nikkei (Japão), +0,12%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,20%
Kospi (Coreia do Sul), +0,91%
ASX 200 (Austrália), -0,92%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com leve baixa, com os traders digerindo dados econômicos fracos da China e expectativas de outro aumento da taxa de juros nos EUA.

Petróleo WTI, -0,17%, a US$ 75,53 o barril
Petróleo Brent, -0,06%, a US$ 79,26 o barril

Agenda

Na agenda de hoje, nos EUA, saem as encomendas à indústria de março e ofertas de empregos (JOLTs).

Por aqui, no Brasil, no campo político, o presidente Lula assinou medida provisória que eleva faixa de isenção de imposto de renda de pessoa física (IRPF) para R$ 2.640 e taxa rendimentos no exterior. Na agenda econômica, a notícia da semana será a decisão do Copom sobre a taxa básica de juros (Selic). A expectativa é de manutenção em 13,75% ao ano. Hoje, saem o Boletim Focus, o PMI industrial de abril e a balança comercial.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e InfoMoney

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