As bolsas mundiais estão em movimento negativo nesta manhã de quarta-feira (22), enquanto os índices futuros operam próximos da estabilidade com os investidores à espera da divulgação da minuta do Fed (Federal Reserve), referente à reunião que decidiu por unanimidade uma alta de 0,25 ponto percentual para os juros nos Estados Unidos. Eles estarão em busca de sinais se virá mais aperto monetário ou se a autoridade monetária manterá o ritmo menor de aumento.
No mercado de títulos, os investidores apostam em um juro de cerca de 5,3% em junho, ante um pico 4,9% três semanas atrás.
Na Europa, onde as bolsas seguem no vermelho, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) da Alemanha ficou em 8,7% em janeiro, ante 8,6% em dezembro, segundo revisão publicada hoje pela Destatis, como é conhecida a agência de estatísticas do país. Na comparação mensal, o CPI alemão subiu 1% em janeiro.
Ainda na região, a presidente do BCE (Banco Central Europeu), Christine Lagarde, disse, em entrevista para uma emissora de televisão finlandesa, que está determinada a enfrentar a inflação e reduzi-la à meta de 2%. “Todas as nossas decisões vão em direção à meta”, afirmou. O remédio para isso é o aumento da taxa de juros. “Nos últimos seis meses, aumentamos as taxas de juros em mais de 330 pontos base (bp). Da última vez, aumentamos em 50 pb, e pretendemos aumentar de novo em março”, declarou.
Já na China, o principal diplomata do país, Wang Yi, disse que as relações com a Rússia são “sólidas como rocha”. Ele se reunirá nesta quarta-feira com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, dois dias antes de a invasão na Ucrânia completar um ano.
Ontem, Vladimir Putin suspendeu a participação da Rússia no novo tratado de armas nucleares START com os EUA. E o presidente norte-americano, Joe Biden, contraatacou dizendo que a Ucrânia nunca será uma vitória para a Rússia.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira passada (17) em queda em dia de agenda esvaziada na véspera dos feriados de Carnaval do Brasil, mas com investidores de olho no possível endurecimento do discurso do Federal Reserve sobre os juros nos Estados Unidos. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 0,70%, aos 109.176 pontos.
Nas negociações do dia, o dólar fechou em queda de 0,96%, negociado a R$ 5,161 na compra e a R$ 5,162 na venda.
Europa
Na Europa, as bolsas operam no vermelho nesta manhã, com os investidores aguardando a divulgação da ata da última reunião do banco central dos EUA e, também, repercutindo indicadores da região, como a inflação ao consumidor da Alemanha, além da fala de Cristine Lagarde, que indicou mais aperto monetário no futuro para controlar a inflação da região.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,82%
DAX (Alemanha), -0,69%
CAC 40 (França), -0,80%
FTSE MIB (Itália), -0,68%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam mais próximos da estabilidade, revertendo perdas da véspera, com os investidores à espera de sinais sobre o futuro da política monetária na ata da última reunião do Fed que será divulgada hoje.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,04%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,05%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,08%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam no vermelho na região, antes da divulgação da ata da última reunião do Fed e também repercutindo as notícias da região, como a declaração do principal diplomata da China, Wang Yi, de que as relações com a Rússia são “sólidas como rocha”.
Shanghai SE (China), -0,47%
Nikkei (Japão), -1,34%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,51%
Kospi (Coreia do Sul), -1,68%
Petróleo
Os preços do petróleo também operam em baixa, à medida em que aumentam as preocupações em relação ao futuro da economia mundial e à falta de sinais claros sobre o fim do conflito Rússia contra a Ucrânia.
Petróleo WTI, -1,17%, a US$ 77,47 o barril
Petróleo Brent, -1,04%, a US$ 82,39 o barril
Agenda
Nos EUA, está prevista a divulgação da ata da última reunião do Fed (Federal Reserve), do Índice de Compras MBA e pedidos de hipotecas.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) volta à Brasília pela manhã, onde está prevista uma reunião à tarde com ministros de diversas áreas, para discutir a tragédia que assolou o Litoral Norte de São Paulo, ocasiada pelas fortes chuvas durante o feriado prolongado. Devido à Quarta-Feira de Cinzas, não está prevista a divulgação de indicadores econômicos importantes e a Bolsa brasileira volta a funcionar em horário especial.
Redação ICL Economia
Com informações das agências