Os índices futuros dos Estados Unidos e bolsas mundiais operam com alta nesta quarta-feira (12), com investidores à espera da divulgação do Índice de Preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA. O consenso Refinitiv projeta alta de 0,2% na base mensal e alta de 5,2% na base anual.
Ata da reunião do último Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) também será divulgada hoje e deve oferecer mais pistas sobre a visão por trás da alta de 25 pontos-base do banco central após o colapso do Silicon Valley Bank e a crise que abalou o setor bancário global.
Brasil
Por aqui, Ibovespa saltou 4,29%, indo aos a 106.213 pontos, na véspera (11), impulsionado pela desaceleração do IPCA, além da expectativa sobre a entrega do novo arcabouço fiscal, que também levaram a uma queda expressiva do dólar na sessão. Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar teve forte queda frente ao real, cotado a R$ 5.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, confirmou na última terça-feira que a proposta da nova âncora fiscal só será enviada ao Congresso na próxima semana, após o envio do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024 na sexta-feira, 14. Segundo ela, as últimas mudanças não foram fechadas a tempo de o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assinarem o texto antes de viajarem à China.
Europa
Os mercados europeus sobem também aguardando dados de inflação dos EUA, que provavelmente determinarão o caminho do ciclo de aperto monetário do Fed.
Os investidores também estão digerindo o último relatório de crescimento global do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado na terça-feira, que inclui sua previsão de crescimento de médio prazo mais fraca em mais de 30 anos.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,62%
DAX (Alemanha), +0,23%
CAC 40 (França), +0,34%
FTSE MIB (Itália), +0,34%
STOXX 600, +0,20%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam com leve alta nesta manhã de quarta-feira, à medida que investidores se preparam para os dados de inflação ao consumidor de março e ata do Fomc, que podem determinar uma pausa ou a continuidade do ciclo de aperto monetário do Federal Reserve (Fed).
Além disso, o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, disse na véspera acreditar que a inflação na economia dos EUA se aproximará da meta do banco central de 2% em 2024.
Ele acrescentou que está “menos otimista” do que o mercado de títulos e que os mercados também estão vendo um declínio mais rápido na inflação do que as expectativas.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,15%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,08%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,02%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam com alta, com exceção da Bolsa de Hong Kong, enquanto agentes do mercado aguardam por dados de inflação vindos dos EUA.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou em seu último relatório de estabilidade financeira que o banco central do Japão deveria ter mais flexibilidade em seu esquema para manter o rendimento de seus títulos do governo japonês de 10 anos em torno de 0%.
A taxa de desemprego da Coreia do Sul, por sua vez, subiu para 2,7% em março, ante 2,6% em fevereiro, mostraram dados do governo.
Shanghai SE (China), +0,41%
Nikkei (Japão), +0,57%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,86%
Kospi (Coreia do Sul), +0,11%
ASX 200 (Austrália), +0,47%
Petróleo
Os preços do petróleo operam próximos à estabilidade nesta quarta-feira, depois que dados da indústria mostraram um aumento inesperado nos estoques de petróleo e gasolina dos EUA, compensando as preocupações sobre o aperto na oferta antes dos cortes na produção dos produtores da Opep.
Petróleo WTI, +0,01%, a US$ 81,54 o barril
Petróleo Brent, +0,06%, a US$ 85,66 o barril
Agenda
A agenda desta quarta-feira é marcada pelo CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês), um dos principais indicadores da inflação americana. A projeção é de avanço de 0,2% na base mensal, acumulando 5,2% no ano. Além disso, há a publicação da ata da reunião do último Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
Por aqui no Brasil, investidores aguardam pelas vendas do varejo, com consenso Refinitiv prevendo alta de 3,2% na base mensal e de 1,4% na base anual.
Com informações da InfoMoney