Na sexta-feira (1º), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB do Brasil) cresceu 0,9% entre abril e junho deste ano, no oitavo resultado positivo consecutivo do indicador em bases trimestrais. Segundo projeções da Austin Rating, agência de classificação de risco, caso o Brasil tenha um avanço de 2,4% do PIB neste ano, acima do que estima o FMI (Fundo Monetário Internacional), o país pode voltar ao grupo das 10 maiores economias do mundo, informa a reportagem publicada no site G1.
As projeções do Fundo divulgadas em julho apontam para um crescimento de 2,1% da economia brasileira neste ano, e ainda não levam em conta o resultado do 2º trimestre divulgado pelo IBGE. O mercado financeiro esperava um crescimento menor do que o apurado, de apenas 0,3% em relação ao trimestre anterior.
O economista-chefe do Instituto de Finanças Internacional, Robin Brooks, elogiou, nas redes sociais, o desempenho econômico do Brasil, cujo crescimento no PIB, apontou, voltou aos patamares de uma década atrás. Segundo ele, a “década perdida do Brasil acabou”.
Um fator determinante para a avaliação de Brooks é o fim do choque gerado pela queda global no preço das commodities exportadas pelo Brasil. “O Brasil está de volta”, tuitou.
Brasil precisa manter ritmo de crescimento da economia para voltar ao ranking das 10 maiores economias, informa agência Austin Rating
O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, informou, segundo reportagem publicada no site G1, que, caso não haja grandes movimentações no cenário econômico internacional, e o Brasil mantenha o atual ritmo de crescimento da atividade, as chances de o país voltar para a lista das 10 maiores economias do mundo são grandes.
Segundo ele, o Brasil está em um caminho bastante sólido. “Se de fato o crescimento for em um ritmo maior do que o que projetamos [de 2,4%] e o real voltar a se valorizar, o Brasil pode inclusive chegar a ocupar a 8ª colocação em 2023”, acrescenta Agostini, reiterando que a última vez que o país esteve nessa posição foi em 2017”, afirmou à reportagem do G1.
O maior crescimento da economia no trimestre se deu pela Indústria (0,9%), seguida pelos Serviços (0,6%). Já a Agropecuária recuou 0,9%. O crescimento na Indústria se deve aos desempenhos positivos de 1,8% nas Indústrias Extrativas, 0,7% na Construção, 0,4% na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e 0,3% nas Indústrias de Transformação.
Nos Serviços, os resultados positivos foram de: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%), Outras atividades de serviços (1,3%), Transporte, armazenagem e correio (0,9%), Informação e comunicação (0,7%), Atividades imobiliárias (0,5%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%) e Comércio (0,1%).
Do lado da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias (0,9%) e a Despesa de Consumo do Governo (0,7%) cresceram, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo (0,1%) ficou estável em relação ao trimestre imediatamente anterior.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 2,9% e as Importações de Bens e Serviços subiram 4,5% em relação ao primeiro trimestre de 2023.
Redação ICL Economia
Com informações do site G1 e da Agência IBGE