O custo da cesta básica subiu em novembro em nove das 17 capitais brasileiras analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A maior alta registrada no mês ocorreu em Brasília, onde o custo médio da cesta básica subiu 3,06%. A maior queda foi registrada em Natal, com redução de 2,55%, seguida por Salvador, redução de 2,17%, Fortaleza, menos 1,39%, e Campo Grande, com menos 1,20%. Porto Alegre foi a única capital que não apresentou variação no custo da cesta.
A cesta mais cara do país foi encontrada em São Paulo, onde o conjunto dos alimentos básicos custava, em novembro, em torno de R$ 749,28. Nas capitais do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju, por R$ 516,76; João Pessoa, R$ 548,33, e Salvador, R$ 550,86.
Cesta básica comprometeu 52,82% do salário mínimo
Com base no valor da cesta mais cara, o Dieese calculou qual seria o salário mínimo ideal no país para cobrir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Segundo a entidade, o salário mínimo deveria ser de R$ 6.294,71 ou 4,77 vezes o valor do mínimo atual, fixado em R$ 1.320.
Além disso, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica subiu ligeiramente: de 107 horas e 17 minutos, em outubro, para 107 horas e 29 minutos. Mas é bem menor do que há um ano (121 horas e 2 minutos). O trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu 52,82% da renda líquida para comprar os alimentos básicos, ante 52,72% no mês anterior e 59,47% um ano atrás.
Pesquisada no Centro-Sul, a batata só não aumentou de preço em Campo Grande. Já o quilo do arroz agulhinha ficou mais caro em 16 capitais – a exceção foi Belém. O valor médio do quilo de açúcar subiu em 14 capitais e o do quilo da carne bovina, em 13. Por sua vez, o preço do tomate caiu em 15 capitais e o do café em pó, em 14.
Com informações da Agência Brasil e da Rede Brasil Atual