Comida em casa ainda é insuficiente para 23% dos brasileiros, segundo Pesquisa Datafolha

O pico da série ocorreu julho de 2022, quando 33% afirmaram ter menos alimentos em casa do que a família necessitava
5 de abril de 2023

O percentual de famílias com comida insuficiente em casa atingiu em março o menor patamar da série da Pesquisa Datafolha, iniciada em maio de 2021. Ainda assim, quase um quarto dos entrevistados afirma que a quantidade de alimentos no lar foi menos que o suficiente. A falta de comida na mesa foi uma realidade sentida por 23% dos entrevistados pela Pesquisa Datafolha, oscilando para baixo na comparação com a pesquisa anterior quando esse percentual era de 24%.

O pico da série ocorreu julho de 2022, quando 33% afirmaram ter menos alimentos em casa do que a família necessitava. O Datafolha ouviu 2.028 pessoas com 16 anos ou mais em 126 cidades, de quarta (29) a quinta (30). Para os entrevistados que dizem receber Bolsa Família, a margem de erro é de 4 pontos para mais ou menos; para os que não ganham o benefício, a margem é de 3 pontos.

Os resultados, publicados na reportagem da Folha de S Paulo, mostram que 62% disseram contar com quantidade suficiente de comida (eram 56% em outubro) e apenas 15% consideravam essa quantidade mais do que suficiente (há cinco meses, eram 20%). Apesar de haver aumento, no mês, dois preços de itens importantes no cardápio dos brasileiros, como o leite longa vida (4,62%), dos ovos (2,25%) e do arroz (1,91%).

Pesquisa Datafolha mostra que a falta de alimentos em quantidade suficiente ocorre mais entre as mulheres (27%), os moradores da região Nordeste (30%)

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Crédito: Brasil de Fato / Leonardo Franca

A pesquisa Datafolha mostra que a falta de alimentos em quantidade suficiente ocorre mais entre as mulheres (27%), os moradores da região Nordeste (30%), os que votaram no presidente Lula (27%) e os beneficiários do Bolsa Família (23%). Segundo a pesquisa, 26% diziam receber o benefício em março, enquanto 7% recebiam o Auxílio Gás do governo federal.

Pelo Datafolha, os beneficiários do programa Bolsa Família estão mais otimistas com o futuro da economia no governo Lula do que os que não recebem o benefício. 32% dos contemplados com o Bolsa Família afirmaram que a situação econômica do país melhorou nos últimos meses e 60% dizem crer que ela irá melhorar no futuro próximo. Entre os que não recebem o benefício, esses percentuais são de 20% e 41%, respectivamente.

Sobre questões práticas da economia, os que recebem Bolsa Família acreditam menos em um aumento da inflação do que os que não recebem. São 46% os que dizem crer que ela irá aumentar nos próximos meses (entre os que não são beneficiários, são 57%).

Um percentual menor, de 21%, dos beneficiários do Bolsa Família, diz acreditar em uma perda do poder de compra dos salários nos próximos meses, ante 35% dos demais.

Redação ICL Economia
Com informações da Folha de S Paulo

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