O governo federal estuda comprar imóveis de até R$ 200 mil para atender os desabrigadas pelas históricas enchentes que assolam o Rio Grande do Sul. No entanto, o valor máximo das casas e apartamentos só deve ser anunciado na próxima semana.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, apresentou medidas para dar moradia às famílias vítimas da pior tragédia climática do estado durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao RS.
Entre as medidas em estudo, estão:
- Compra assistida de imóveis usados: a família indica um imóvel já existente e o governo compra a unidade para a família;
- Chamada pública de imóveis: o governo recebe propostas de interessados em vender os imóveis;
- Estoque de casas para leilão: imóveis que foram tomados pelo governo, em razão de financiamentos não pagos, serão retirados de leilão, quitados e ofertados às famílias;
- Aquisição de imóveis de construtoras: o governo fará a compra antecipada de imóveis construídos por empreiteiras;
- Habilitação de novos projetos do Minha Casa, Minha Vida: projetos que tinham sido apresentados, mas não foram selecionados na cota do programa.
O governo trabalha ainda com a possibilidade de aquecimento do mercado de imóveis no estado, o que deve elevar os preços. Por essa razão, o Executivo trabalha com o teto de R$ 200 mil.
No entanto, a Caixa, que participará da licitação, fará uma avaliação do mercado nas cidades atingidas pelas enchentes para conferir a possibilidade de adquirir unidades abaixo desse teto.
Para auxiliar as vítimas da tragédia climática, o governo também suspendeu por seis meses o pagamento das parcelas dos financiamentos do Minha Casa, Minha Vida.
No anúncio da semana passada, Costa também apresentou os caminhos que serão utilizados para entregar casas a famílias que perderam suas moradias nas enchentes e se encaixem nas faixas 1 e 2 do Minha Casa, Minha Vida.
Rio Grande do Sul tem cerca de 3.600 imóveis que podem ser comprados de construtoras
A CBIC (Câmara Brasileira da Indústria de Construção) contabiliza cerca de 3.600 imóveis prontos ou em construção que poderiam ser comprados pelo governo federal das construtoras. O levantamento inclui imóveis naquela faixa de valor.
Essas unidades estão sendo construídas por construtoras por conta própria para atender ao mercado.
A entidade diz que as unidades que ainda não estão prontas devem ser concluídas entre 1 e 2 anos. Os imóveis estão localizados nas cidades atingidas pelas chuvas, como Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo.
O levantamento da CBIC tem como base informações prestadas pelo Sindicato da Indústria de Construção do Rio Grande do Sul e outras entidades locais.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias