Dia do Trabalho: Luiz Marinho reforça preocupação com IA e precarização do mercado de trabalho

Em pronunciamento em cadeia de rádio e TV, ministro do Trabalho diz que "não basta aumentar a oferta de empregos. É preciso lutar contra a precarização do trabalho, no Brasil e em todas as partes do mundo".
2 de maio de 2024

Em mensagem no âmbito das celebrações do Dia do Trabalho, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, reforçou preocupação com a precarização do mercado de trabalho e com os impactos da IA (Inteligência Artificial) na vida do trabalhador, durante transmissão em cadeia nacional de rádio e TV na terça-feira à noite (30). “Não basta aumentar a oferta de empregos. É preciso lutar contra a precarização do trabalho, no Brasil e em todas as partes do mundo”, afirmou Marinho.

“Porque não são as máquinas, não é o dinheiro, não são os aplicativos, os algoritmos ou a Inteligência Artificial. São vocês, homens e mulheres de carne e osso, que fazem valer cada gota do seu suor. E que merecem a parte justa da riqueza que produzem”, complementou o ministro.

Em seu discurso, Marinho listou o que, segundo ele, são conquistas do governo na área do trabalho, como os 2,19 milhões de empregos com carteira assinada desde 2023, primeiro ano do mandato de Lula, e, também, o aumento de “11% no rendimento médio dos trabalhadores e das trabalhadoras em 2023, um recorde histórico”.

Na última terça-feira (30), o ministério informou que o país criou 244,3 mil empregos formais em março. O resultado representa melhora de 25,7% em relação a março do ano passado, quando foram criados 194,37 mil empregos com carteira assinada (valor ajustado).

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também divulgou a Pnad Contínua, mostrando que a taxa de desocupação chegou a 7,9% no trimestre encerrado em março de 2024, percentual abaixo dos 8,8% registrados no mesmo trimestre móvel de 2023.

No Dia do Trabalho, Marinho também menciona projeto do governo para trabalhadores de aplicativos

Marinho também mencionou o projeto que o governo enviou ao Congresso para regular a situação de trabalhadores por aplicativos.

“A proposta que encaminhamos ao Congresso, com garantia de direitos trabalhistas e previdenciários para os motoristas de aplicativos, sem que eles precisem renunciar à sua autonomia”, afirmou.

O projeto, no entanto, enfrenta resistência de parte dos trabalhadores de apps, sob alegação de que o texto representaria perda de autonomia e de ganhos do modo como foi apresentado.

O ministro ainda reforçou a igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem as mesmas funções – “trabalho igual, salário igual – e a “isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos. E o compromisso de chegarmos em 2026 com isenção para quem ganha até 5 mil reais”.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

 

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