‘Insider trading’: economista do ICL explica por que o vazamento da entrevista de Lula é perigoso

A economista e apresentadora do ICL Mercado e Investimentos, Deborah Magagna, usou de seu conhecimento adquirido quando trabalhou no mercado financeiro para explicar o que é insider trading e os perigos do caso Lula.
18 de julho de 2024

A economista e apresentadora do ICL Mercado e Investimentos, Deborah Magagna, usou de seu conhecimento adquirido quando trabalhou no mercado financeiro para explicar, na edição desta quinta-feira (18) do programa, o perigo por detrás do vazamento de trecho da entrevista de Lula à Record.

A jornalista Renata Varandas, que vazou os trechos da entrevista com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao mercado financeiro na terça-feira (16), foi demitida da Record ontem (17), depois que a direção da emissora descobriu sua ligação com uma agência de análise política e financeira.

Além de repórter da emissora em Brasília, Renata também é uma das sócias da empresa Capital Advice. Na terça-feira, após a entrevista, ela antecipou trechos descontextualizados de falas do presidente à corretora BCG. O vazamento de informações provocou oscilação na cotação do dólar e fez a Bolsa fechar em queda, após 11 altas seguidas.

“A gente tem no mercado financeiro o código que precisa ser seguido – o código de ética. Por mais que as pessoas falam que o mercado financeiro não é ético, tem ali um código que você precisa seguir e tem punições severas [caso você não o siga]”, explicou Deborah.

Ela explicou um caso pessoal de quando mudou de estrutura dentro de uma empresa onde trabalhou no mercado financeiro e o conceito de insider trading, que é quando alguém realiza qualquer operação com valores mobiliários de emissão da companhia, e em proveito próprio, pessoal, privilegiando-se de uma informação.

No caso da repórter, ela era sócio de uma empresa e, detentora de uma informação, a repassou adiante, fazendo com que o mercado oscilasse, beneficiando possíveis clientes que poderiam faturar em cima dessas oscilações, seja com o dólar ou com a bolsa.

“Assim que eu mudei de estrutura, eu deveria vender todas as minhas ações pelo preço que tivessem, ou com prejuízo, ou com lucro. Teria que vender porque eu não poderia ter aquelas ações nem pessoas correlatas [a mim] poderiam ter para não ter informação [privilegiada]. Não poderia avisar alguém de alguma informação que eu tinha nem operar em benefício próprio”, disse.

Assista à análise completa de Deborah Magagna no vídeo abaixo:

 

Redação ICL Economia
Com informações do ICL Mercado e Investimentos

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