Febraban declara “apoio institucional” a Haddad

Ministro da Fazenda se reuniu nesta sexta-feira com representantes da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e das maiores instituições financeiras do Brasil.
14 de junho de 2024

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e as maiores instituições financeiras do Brasil declararam “apoio institucional” ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Aqui estivemos para reafirmar o apoio institucional ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, porque nós enxergamos nele todo um engajamento, uma determinação e uma firmeza na busca pelo equilíbrio fiscal”, disse o presidente da Febraban, Issac Sidney, após reunião realizada no gabinete do ministério, em São Paulo, nesta sexta-feira (14), de acordo com o Metrópoles.

“Aproveitamos a oportunidade considerando as circunstâncias e os últimos acontecimentos de ruídos e de tensionamento de discussões a respeito do cumprimento das metas fiscais”, disse Sidney. Além dele, o encontro contou com a participação de Luiz Trabuco, presidente do conselho de administração do Bradesco, Marcelo Noronha, também do Bradesco, André Esteves, do BTG Pactual, além de Milton Maluhy, do Itaú Unibanco, e Mário Leão, do Santander.

Sidney ressaltou que o grupo saiu da reunião “convencido de que o ministro Haddad não só está determinado a buscar o equilíbrio das contas públicas, mas também da disposição firme que ele tem dentro do próprio governo e para expandir o diálogo para o Congresso Nacional”.

Segundo o presidente da Febraban, o setor bancário “tem um estoque de crédito da ordem de R$ 6 trilhões, isso equivale a cerca de 54% do PIB”, o que “financia a economia, o consumo, o investimento e a produção”, afirmou. “Nós nos sentimentos legitimados a ter conversas governamentais como essa que fizemos hoje e também a emprestar apoio à autoridade máxima fiscal”. O presidente da Febraban acrescentou que, nesse sentido, o grupo de banqueiros avaliou o encontro como positivo.

Ainda segundo ele, Haddad “vai precisar do apoio firme” de todos os setores, entre os quais incluiu o governo, o Congresso, a sociedade e o empresariado e que as instituições financeiras estão dispostas “a contribuir com sugestões para buscar o equilíbrio das contas públicas”.

Apesar de todos os acenos de Haddad ao mercado, como esta reunião com a Febraban, cobrança parece não ter fim

Ontem (13), Haddad teve que anunciar que faria uma revisão nos gastos do governo porque o mercado financeiro começou a pressionar e a bolsa caiu. Como disse a economista do ICL, Deborah Magagna, na edição de hoje do ICL Mercado e Investimentos, “os acenos de Haddad para o mercado nunca são suficientes”.

Ela afirmou que, quando um governo é mais progressista, a cobrança para as questões fiscais parece ser bem maior. “Ontem Haddad voltou a acenar e disse que vai revisar os gastos do governo depois de o mercado ficar incomodado com uma fala do presidente Lula sobre a necessidade de desenvolvimento social do país. Botou social o mercado realmente reage mal”, disse Deborah.

Redação ICL Economia

Com informações do Brasil 247

 

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